Aluno cria barómetro de eficiência energética da Universidade de Lisboa
Com as devidas adaptações, o modelo criado pelo mestrando Gheorghe Dunca pode ser usado para verificação da eficiência energética noutras universidades
Um aluno de mestrado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa concebeu uma aplicação informática para avaliar o desempenho energético dos edifícios da instituição, uma ferramenta que pode ser usada, para o mesmo fim, por outras universidades.
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Um aluno de mestrado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa concebeu uma aplicação informática para avaliar o desempenho energético dos edifícios da instituição, uma ferramenta que pode ser usada, para o mesmo fim, por outras universidades.
O barómetro da eficiência energética, como se chama o projecto, foi criado por Gheorghe Dunca, aluno de mestrado em engenharia da energia e ambiente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
A ferramenta inclui informação de um determinado edifício, num certo ano, sobre consumos de luz, gás, água, combustível, papel, "toners" e tinteiros, assim como sobre recursos disponíveis (por exemplo, torneiras redutoras de pressão), certificação energética, produção de energia renovável e o tipo de transporte usado por alunos, professores e funcionários para acederem ao local.
Gheorghe Dunca explicou à Lusa que os dados introduzidos, por exemplo, pelas faculdades são comparados com o seu consumo de referência, relativo aos últimos três anos e determinado em função da área e do número de pessoas que frequentam os edifícios. No fim, o barómetro atribui uma classificação global da eficiência energética da faculdade, de acordo com o cumprimento de metas (gerais ou específicas para cada tipo de consumo em análise), permitindo identificar os pontos a melhorar.
O estudante exemplificou que a Faculdade de Direito, uma das três faculdades da Universidade de Lisboa onde foi testada a aplicação, teve uma pontuação baixa porque, em geral, os seus consumos energéticos aumentaram. O barómetro foi também testado na Faculdade de Letras e na Faculdade de Medicina Dentária.
A ideia do autor é alargar a avaliação do desempenho energético a outras faculdades, a refeitórios, a residências de estudantes, a museus e ao estádio universitário. Com as devidas adaptações, o modelo, inicialmente projectado para os edifícios sob a alçada da Universidade de Lisboa, pode ser usado para verificação da eficiência energética noutras universidades.