Chiefs tropeçam, Blues não se levantam
Os sul-africanos Stomers continuam a surpreender e lideram o Super Rugby com quatro vitórias em quatro jornadas
A quarta jornada do Super Rugby decorreu sem grandes surpresas e os favoritos, com mais ou menos dificuldades, acabaram por vencer. No entanto, para além do robusto triunfo dos Stormers frente aos Sharks, a sensação da ronda chegou num duelo neozelandês, onde Chiefs perderam o seu primeiro jogo esta época ao serem derrotados em casa pelos Highlanders. Na segunda metade da tabela, o desaire dos Blues frente aos Lions complica a vida à formação de Auckland.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A quarta jornada do Super Rugby decorreu sem grandes surpresas e os favoritos, com mais ou menos dificuldades, acabaram por vencer. No entanto, para além do robusto triunfo dos Stormers frente aos Sharks, a sensação da ronda chegou num duelo neozelandês, onde Chiefs perderam o seu primeiro jogo esta época ao serem derrotados em casa pelos Highlanders. Na segunda metade da tabela, o desaire dos Blues frente aos Lions complica a vida à formação de Auckland.
Chiefs-Highlanders (17-20)
A marcha de sucesso encetada pelos Chiefs durante as três jornadas prévias encontrou um obstáculo frente aos Highlanders, que asseguraram a inesperada vitória com uma penalidade no último minuto, convertida por Marty Banks. Os Chiefs, depois de terem encontrado uma dupla de centros brilhante (Williams-Ngatai), viram-se sem o segundo centro, devido a uma entorse no tornozelo contraída nos treinos. Liam Messam, no entanto, recuperou de uma concussão. Apesar do resultado ao intervalo de 3-14, os Chiefs tiveram mais posse e território, mas cometeram muitos erros não-forçados e algumas más decisões. A entrada na segunda parte foi muito intensa por parte dos Chiefs, com um bom trabalho desenvolvido na frente que resultou em dois ensaios de penalidade. No entanto, após Lowe ver um amarelo, Sonny Bill Williams ofereceu uma penalidade mesmo em frente aos postes que Banks agradeceu para dar a vitória aos visitantes.
Brumbies-Force (27-15)
Os Brumbies alcançaram a terceira vitória nesta campanha e infligiram a terceira derrota à Force. Com três ensaios na primeira parte, fruto de uma boa organização da linha avançada, a equipa de Canberra conseguiu logo no início do segundo tempo o quarto ensaio, e assim, o ponto de bónus ofensivo. Nick Cummins, no seu regresso à Force, marcou um ensaio, que juntamente com o toque de meta do segunda-linha Steve Mafi, foi insuficiente para alterar o resultado, apesar da pressão exercida nos últimos minutos de jogo pelos australianos de Perth.
Blues-Lions (10-13)
Numa jornada importante para os Blues, que registam um dos piores arranques de sempre e vão ter agora três jogos fora, a equipa de Auckland esteve a ganhar praticamente durante todo a jogo (ensaio de Jerome Kaino na sua 101ª participação pelos Blues) - 10-3 ao intervalo. Os Lions limitaram-se praticamente a defender até que nos últimos 20 minutos, numa jogada rápida de abertura para a ponta, Ruan Combrinck marcou. Na parte final, a defesa conpacta da equipa de Joanesburgo segurou a surpreendente vitória.
Reds-Waratahs (5-23)
Numa exibição com pouca chama, os Waratahs conseguiram uma vitória frente aos depauperados Reds em Brisbane. Bernard Foley fez a diferença para o lado dos actuais campeões com um ensaio, três penalidades e duas conversões.
Cheetahs-Bulls (20-39)
Numa jornada que viveu muito das exibições individuais, Handre Pollard terá sido o mais decisivo de todos os heróis da semana, ao ter sido responsável por 29 dos 39 pontos obtidos pelos Bulls. A equipa de Pretória esteve sempre na frente do marcador e o mínimo a que os Cheetahs chegaram foi a uma diferença de seis pontos. Foi um jogo de embates muito poderosos, com muita solicitação do pack avançado dos Bulls, que montaram constantes mini-unidades de dois jogadores para manterem os rucks em continuidade e assim desgastarem a defesa contrária. Dois ensaios na primeira parte de Pollard e Bjorn Basson, contrariados nos primeiros 20 minutos da segunda parte pelos ensaios dos Cheetahs, através de Raymond Rhule, numa arrancada imparável, ao explorar uma nesga na defesa e de Boom Prinslo na sequência de um maul. Aos 70 minutos Jan Serfontein selou o resultado com o terceiro ensaio dos Bulls.
Stormers-Sharks (29-13)
Os Stormers venceram a quarta partida da época e colocaram-se assim no topo da tabela com 16 pontos. Numa primeira parte muito dividida (13-10 ao intervalo), o poderio das mêlées irrepreensíveis da avançada dos Stormers acabou por desgastar os Sharks com um ensaio de Kotze (perseguiu uma bola que poucos perseguiriam e um ensaio de penalidade por obstrução). Entre os dois ensaios, Pat Lambie finalizou uma jogada de reciclagem de bola, típica de uma linha atrasada bem afinada, mas essa excelência de râguebi fluido não teve mais consequência.