China promete aprofundar cooperação com a Rússia
Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês diz que está em causa "uma necessidade mútua".
“A cooperação entre a China e a Rússia é uma necessidade mútua, com a qual se poderá obter resultados benéficos para ambas. Há uma dinâmica vigorosa e uma margem de crescimento importante”, afirmou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, numa conferência de imprensa, em Pequim. O governante acrescentou que os dois países “vão trabalhar arduamente” para que o valor das trocas comerciais bilaterais ultrapasse os cem mil milhões de dólares, notando que em 2014 esse valor foi de 95,3 mil milhões.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“A cooperação entre a China e a Rússia é uma necessidade mútua, com a qual se poderá obter resultados benéficos para ambas. Há uma dinâmica vigorosa e uma margem de crescimento importante”, afirmou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, numa conferência de imprensa, em Pequim. O governante acrescentou que os dois países “vão trabalhar arduamente” para que o valor das trocas comerciais bilaterais ultrapasse os cem mil milhões de dólares, notando que em 2014 esse valor foi de 95,3 mil milhões.
Além disso, Pequim e Moscovo “vão prosseguir com a sua coordenação estratégica para a manutenção da paz e da segurança do mundo”, disse Wang Yi.
Na sequência das sanções decretadas pelos países ocidentais em reacção à crise ucraniana e também devido às alterações no preço do petróleo, a Rússia enfrenta uma situação económica grave. Com as suas declarações, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês vem, mais uma vez, demonstrar o apoio de Pequim àquele país, apoio esse que se tem feito também sentir no Conselho de Segurança das Nações Unidas (onde ambos são membros permanentes), nomeadamente em relação à questão da Síria.
No ano passado, a China e a Rússia assinaram um conjunto de acordos nas áreas do petróleo e das comunicações móveis, entre outras, tendo também concordado em trabalhar em conjunto para o desenvolvimento da região da Sibéria. Em Maio passado, Pequim e Moscovo alcançaram, depois de dez anos de negociações difíceis, um acordo sobre as ligações de gás russo à China.
O presidente chinês Xi Jinping e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, dados como próximos, encontraram-se várias vezes em 2014. Já em Fevereiro de 2015, o presidente chinês assegurou ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov que a cooperação bilateral ia “aprofundar-se”.