Benfica chegou 45 minutos atrasado, mas saiu de Arouca incólume
“Encarnados” estiveram a perder, mas deram a volta na segunda parte. Vantagem sobre o FC Porto volta a ser de quatro pontos.
A vitória do FC Porto em Braga colocava pressão e a estreia do Benfica em Arouca não podia começar pior. Com meia dúzia de minutos, Eliseu esqueceu-se de acompanhar os restantes defesas, colocou Iuri Medeiros em jogo e, quando tentou remediar o erro, viu o jogador emprestado pelo Sporting passar-lhe a bola por cima e bater o regressado Júlio César.
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A vitória do FC Porto em Braga colocava pressão e a estreia do Benfica em Arouca não podia começar pior. Com meia dúzia de minutos, Eliseu esqueceu-se de acompanhar os restantes defesas, colocou Iuri Medeiros em jogo e, quando tentou remediar o erro, viu o jogador emprestado pelo Sporting passar-lhe a bola por cima e bater o regressado Júlio César.
Durante os primeiros 45 minutos, o Benfica esteve desastrado, com passes errados sucessivos, bolas paradas desbaratadas e apenas Salvio criou perigo: aos 20’, em iniciativa individual; aos 30’, acertando na barra, após dominar a bola com o braço.
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Perante a inépcia colectiva da sua equipa, Jorge Jesus mexeu ao intervalo e colocou a equipa completamente virada para o ataque: Samaris saiu, Talisca entrou. Sem um médio defensivo, Jesus apostava no risco total, mas a principal mudança não foi táctica, mas de atitude. Transfigurado, o Benfica sufocou o Arouca desde o primeiro segundo e, aos 49’, Gaitán foi derrubado na área e reclamou penálti. Os adeptos benfiquistas não tiveram muito tempo para protestar: poucos segundos depois, Goicoechea falhou o alívio, acertou nas costas de Lima e assistiu Jonas. Com a qualidade habitual, o ex-Valência não rejeitou o brinde (1-1).
Sem permitir que o Arouca respirasse, o Benfica podia ter chegado à vantagem na jogada seguinte, mas Lima, isolado, rematou por cima. O jogo, no entanto, era de sentido único e a equipa de Pedro Emanuel foi ao tapete: aos 56’, um remate à queima-roupa de Jonas foi defendido de forma incompleta por Goicoechea e Lima aproveitou o ressalto para fazer o segundo golo benfiquista.
Em apenas um quarto de hora, o Benfica corrigia a má exibição da primeira parte, mas o aditivo injectado ao intervalo ainda não tinha acabado. Aos 58’, os benfiquistas voltaram a pedir penálti (mão de Balliu) e, quatro minutos depois, Hugo Basto impediu que Lima se isolasse e foi expulso.
Com o jogo na mão, Jesus deu descanso a Gaitán, lançou Ola John e o holandês assumiu o protagonismo: aos 76’, estendeu a passadeira para Lima fazer o 1-3; aos 86’ repetiu a oferta ao brasileiro, mas desta vez o 11 benfiquista não aproveitou. Nada que tornasse mais complicado o sinuoso regresso a Lisboa.