A moda portuguesa celebrou o próximo Inverno em Paris
Fátima Lopes, Diogo Miranda e Luís Buchinho mostraram colecções femininas à margem da Semana de Moda de Paris, no âmbito do Portugal Fashion.
O Black Rainbow de Fátima Lopes, com assimetrias e silhuetas curvilíneas em que os jumpsuits podem funcionar como vestidos com as suas capas esvoaçantes, foi apresentado ao anoitecer no primeiro piso de um dos ícones turísticos mundiais – em 2011, a portuguesa tornou-se a primeira criadora a fazer ali um desfile de moda, quando ainda estava integrada no calendário oficial da mais importante semana de moda do mundo. Agora voltou a ficar de fora. “Decidi que não desfilo mais de manhã e é esse o meu horário no calendário oficial. Há seis meses [sair desse alinhamento] foi um teste e resultou”, explica. Para a estação fria, Fátima Lopes apresentou ainda duas linhas de calçado, uma mais sofisticada, outra mais casual, numa sociedade com a fábrica de calçado nortenha Jóia da Europa.
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O Black Rainbow de Fátima Lopes, com assimetrias e silhuetas curvilíneas em que os jumpsuits podem funcionar como vestidos com as suas capas esvoaçantes, foi apresentado ao anoitecer no primeiro piso de um dos ícones turísticos mundiais – em 2011, a portuguesa tornou-se a primeira criadora a fazer ali um desfile de moda, quando ainda estava integrada no calendário oficial da mais importante semana de moda do mundo. Agora voltou a ficar de fora. “Decidi que não desfilo mais de manhã e é esse o meu horário no calendário oficial. Há seis meses [sair desse alinhamento] foi um teste e resultou”, explica. Para a estação fria, Fátima Lopes apresentou ainda duas linhas de calçado, uma mais sofisticada, outra mais casual, numa sociedade com a fábrica de calçado nortenha Jóia da Europa.
Já Luís Buchinho celebrou domingo o ano em que cumpriu 25 anos de design de moda. Para isso, revisitou os motivos que o levaram a escolher a sua profissão numa colecção de grafismo forte e com três elementos que simbolizam o seu trabalho nos últimos anos: “As malhas têm-me acompanhado de uma maneira fortíssima desde há 25 anos e nesta colecção voltam em força, tal como os grafismos e os blocos de cor, que sempre gostei de criar, e as silhuetas com inspirações masculinas para mulheres femininas. É um género de feminilidade mais afirmativa, mais pragmática”, descreve ao PÚBLICO.
Em Comics, Luís Buchinho inspirou-se na banda-desenhada que o fez começar a desenhar e cada modelo “é uma personagem, uma heroína de BD”, com muito branco e preto. Há silhuetas românticas, longas e fluidas, mas também desportivas e um mix das duas: saias quase vitorianas combinadas com sapatos de desporto. “O mundo vem comprar colecções de autor a Paris, faz todo o sentido continuar cá”, reflecte sobre a presença com o Portugal Fashion na capital francesa.
Na Biblioteca Nacional de França, Buchinho mostrou Comics ao fim da tarde de domingo e, horas mais cedo, Diogo Miranda desfilou pela primeira vez em Paris. A sua colecção feminina Paris n.º 1 tem linhas arquitectónicas, com ombros acentuados, cinturas definidas e ancas exageradas para denunciar os contornos e as curvas do corpo. Silhuetas “austeras mas sem perder a elegância e o toque de couture”, descreve Diogo Miranda, com mangas largas, saias e casacos, numa paleta sóbria em bordeaux, preto, branco e azuis.
Foi ele que trouxe à primeira fila jornalistas do New York Times ou da Vogue Brasil. “Há um ano que tenho um showroom na Place Vendôme [em Paris] e fazia todo o sentido estar cá também no formato de desfile”, defende o português que começou o seu percurso em 2007. No final do desfile, buyers do Médio Oriente, de lojas multimarca, mostraram-se interessados em encomendas.
A 36.ª edição do Portugal Fashion começa dia 25 em Lisboa e continua no Porto até dia 28.
O PÚBLICO viajou a convite do Portugal Fashion