Oposição a Portas quer “coligação com o país”

Democratas-cristãos reuniram-se em Lisboa para reflexão.

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Filipe Anacoreta Correia é um dos rostos da oposição interna à direcção de Paulo Portas Daniel Rocha

Filipe Anacoreta Correia, do MAR, tendência do CDS que é oposição à direcção de Paulo Portas, considera que o encontro, que reuniu mais de duas centenas de pessoas em Lisboa, “é um sinal forte que gostaríamos que tivesse uma leitura por parte dos portugueses de que tem de haver uma mudança, uma exigência aos políticos de uma abertura para olhar para a realidade”.

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Filipe Anacoreta Correia, do MAR, tendência do CDS que é oposição à direcção de Paulo Portas, considera que o encontro, que reuniu mais de duas centenas de pessoas em Lisboa, “é um sinal forte que gostaríamos que tivesse uma leitura por parte dos portugueses de que tem de haver uma mudança, uma exigência aos políticos de uma abertura para olhar para a realidade”.

Defendendo que a coligação pré-eleitoral entre o PSD e o CDS já devia estar fechada, o conselheiro nacional vai mais longe e sustenta que “a coligação devia ser com o país e não apenas entre os aparelhos dos partidos”.

O afastamento entre eleitores e eleitos foi um dos motivos que levou ao encontro realizado este sábado para uma reflexão sobre questões como a sustentabilidade da Segurança Social a reforma do Estado ou o papel de Portugal na Europa. “O desafio que se coloca é saber se temos capacidade para mobilizar eleitores que querem votar neste espaço político de centro-direita e não no PS, que consideram ser um retrocesso”, afirma o democrata-cristão. Estas reflexões têm mobilizado mais a esquerda do que a direita - como reconhece Anacoreta Correia -  mas “isso não quer dizer que haja menos descontentamento”. “É preciso saber se os políticos estão à altura das exigências dessa mudança”, diz, até porque um pouco por toda a Europa – com os exemplos da Grécia e de Espanha – “os chamados partidos da governabilidade estão a diminuir o seu peso”.