Mais de um milhão de alunos vão ter acesso a informação sobre cancro
Alunos do 7.º ano ao 12.º vão beneficiar de mais informação.
Desenvolvido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em parceria com a Porto Editora, o projecto pretende "chegar a toda a comunidade escolar, transmitindo-lhes que a adopção de hábitos de vida saudáveis" os previne "contra o flagelo que é o cancro", explicou esta sexta-feira o presidente da LPCC, Francisco Cavaleiro de Ferreira.
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Desenvolvido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em parceria com a Porto Editora, o projecto pretende "chegar a toda a comunidade escolar, transmitindo-lhes que a adopção de hábitos de vida saudáveis" os previne "contra o flagelo que é o cancro", explicou esta sexta-feira o presidente da LPCC, Francisco Cavaleiro de Ferreira.
O projecto baseia-se numa plataforma de e-learning que disponibiliza, gratuitamente, conteúdos didácticos que os professores de diversas disciplinas poderão introduzir nas suas aulas, recorrendo a diferentes materiais de apoio.
Os dados de 2013, segundo Francisco Cavaleiro de Ferreira, indicavam que acções semelhantes a esta tinham um alcance de cerca de 60 mil alunos. Com o novo projecto, espera-se que, agora, todos os alunos que frequentam o 3º ciclo ou o ensino secundário possam aceder à informação disponibilizada.
Tendo em conta que os jovens ainda estão "num processo de crescimento e de formação da sua personalidade”, Francisco Cavaleiro de Ferreira adiantou que, com o projecto, se tentou “ao máximo explorar as temáticas de forma apelativa e combinar com mensagens objectivas, focadas na explicação das diferentes doenças, comportamentos de risco, e importância da prevenção".
A iniciativa surgiu de "uma necessidade identificada na relação que a LPCC mantém com as escolas, e com os professores, uma vez que recebemos anualmente inúmeras solicitações para partilhar materiais e apresentações", adiantou. Para Francisco Cavaleiro de Ferreira, os jovens ainda não estão "suficientemente informados" sobre a doença, continuando a assistir-se a alguns comportamentos de risco. Apesar de admitir que a faixa etária seleccionada está associada à irreverência, o presidente da LPCC espera conseguir que o cancro deixe ser um tema tabu nestas idades, afastando o preconceito muitas vezes presente nessas situações.
"É preciso acabar com esses tabus, claro, mas isso não significa que, de uma forma mais prática e activa não se fale abertamente da doença e das suas consequências", frisou, adiantando que os jovens estão atentos a este problema e que têm vindo a procurar cada vez mais informação.
Com a plataforma criada, pretende-se “sistematizar e agrupar toda a informação relevante sobre o cancro e facilitar o trabalho dos professores, pais e encarregados de educação, facultando materiais e conteúdos que vão enriquecer e dar um novo dinamismo à exploração deste tema em sala de aula".
O projecto conta com o apoio da Presidência da República, do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação e Ciência.