Chiefs deram lição aos Crusaders
Quatro equipas somam por vitórias os jogos disputados no Super Rugby 2015, Blues com o pior arranque em 19 anos de competição
Numa jornada onde já se viu râguebi mais consentâneo com a qualidade habitual do Super Rugby, as grandes surpresas foram a dilatada vitória dos Chiefs na recepção ao rival Crusaders, finalistas em 2014, enquanto num duelo sul-africano os Bulls deram uma importante prova de força frente aos Sharks.
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Numa jornada onde já se viu râguebi mais consentâneo com a qualidade habitual do Super Rugby, as grandes surpresas foram a dilatada vitória dos Chiefs na recepção ao rival Crusaders, finalistas em 2014, enquanto num duelo sul-africano os Bulls deram uma importante prova de força frente aos Sharks.
Highlanders-Reds (20-13)
Os Highlanders conseguiram a primeira vitória da época ao baterem os Queensland Reds, por 20-13, no Forsyth Barr Stadium, em Dunedin. No jogo de estreia de James O’Connor a “10”, o ex (e futuro) jogador do RC Toulon esteve em bom nível, com muitos metros ganhos, bom jogo ao pé e passes certeiros. O’Connor foi, juntamente com Will Genia, o grande responsável pela prestação digna dos Reds, que no entanto, depois de uma boa segunda jornada frente à Force, voltaram a cair num duelo onde revelam excesso de indisciplina. Num embate com um ensaio para cada lado, em que as defesas trabalharam muito, foi na conversão de penalidades que se fez a diferença. Marty Banks substituiu bem Lima Sopoaga a abertura do lado neozelandês e o ensaio dos Highlanders foi executado pelo ponta direito Waisake Naholo, numa demonstração de poderio físico e oportunidade num reduzido espaço e sob grande pressão, enchendo os fãs de Dunedin de alegria. A permanência de Naholo nos Highlanders tem, porém, os dias contados: A partir da próxima época, o jogador vai alinhar no Clermont, de Julien Bardy e Pedro Bettencourt – contrato de dois anos.
Force-Hurricanes (13-42)
A terceira vitória dos Hurricanes, desta feita sobre a Force, faz antever uma época interessante para a formação de Wellington. Os “Canes” foram rápidos a executar, lestos na distribuição de bola e dominaram em praticamente todos os aspectos do jogo. Os ensaios de Cory Jane, Mark Abbott, Victor Vito, Julian Savea e James Marshall, colocaram a Force em sentido e sem hipóteses de reacção.
Cheetahs-Blues (25-24)
Este é o pior arranque dos Blues em 19 anos de competição, com três derrotas em igual número de jornadas. A formação de Auckland começou o encontro com intensidade, num dia em que se assinalava o centésimo jogo do capitão Jerome Kaino. O regresso do ponta Cornal Hendriks aos Cheetahs, acabou por ser decisivo, com dois ensaios marcados e uma boa exibição.
Chiefs-Crusaders (40-16)
No Waikato Stadium, os Chiefs deram uma prova de força, ao conseguiram uma poderosa exibição frente aos Crusaders, com um dos resultados mais dilatados entre as duas equipas: 24 pontos de diferença. Aaron Cruden foi essencial na manobra dos Chiefs, naquela que foi a sua 75.ª participação no Super Rugby, a 50.ª pelos Chiefs. Mas o homem que faz rolar a equipa de Hamilton é o incontornável Sonny Bill Williams: um ensaio e participação directa em mais dois. Além de SBW, Augustine Pulu, Charlie Ngatai, Tom Marshall e James Lowe fizeram também toque de meta. A formação dos Chiefs esteve muito intensa, com execuções muito rápidas e inclusivamente com algum trabalho criativo nos alinhamentos. Dos Crusaders viu-se pouco mais que ansiedade e nervosismo.
Rebels-Brumbies (15-20)
Os Rebels tiveram a primeira parte para si mas esbarraram sempre na poderosa defesa dos Brumbies, que já começa a ganhar fama. A equipa de Canberra marcou dois ensaios por Tevita Kuridrani e Jarrad Butler e confirma-se como uma das mais fortes equipas australianas.
Bulls-Sharks (43-35)
Depois de duas derrotas no Loftus, os Bulls estavam obrigados a ganhar e com uma equipa paciente e boas exibições de Pierre Spies, Deon Steagmann, Handre Pollard e François Hougaard - Rudy Page esteve bem na substituição de Piet Van Zyel a “9” – alcançou esse objectivo. Vitor Matfield respondeu em campo às críticas de que já não estaria em forma para ser decisivo a este nível, com algumas rupturas interessantes. Os Bulls viram ainda o seu jogo no chão melhorar significativamente, com os Sharks a demonstrarem um pack poderoso mas uma defesa permissiva.
Lions-Stormers (19-22)
As mudanças operadas no plantel dos Lions surtiram algum efeito, tendo estado a equipa à frente do marcador durante grande parte da partida (13-9 ao intervalo). Porém, a menos de quatro minutos do final, Siya Kolisi marcou ensaio para os Stormers, que se revelaria decisivo para o resultado final. Na troca de pontapés, Elton Jantjies contra Demetri Catrakilis, registou-se uma conversão para cada lado, com quatro penalidades convertidas pelo jogador dos Lions e cinco pelo dos Stormers.