Ministra das Finanças diz que é preciso relativizar emigração jovem
A ministra falava na cerimónia de apresentação de um livro sobre Trás-os-Montes e fundos comunitários da autoria do eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes, onde afirmou: “Se queremos viver num mundo globalizado, sem fronteiras, em que queremos dar uma oportunidade aos nossos jovens, temos de encarar de uma forma mais relativizada aquilo que é o fenómeno da movimentação dos jovens à procura de oportunidades por esse mundo fundo”.
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A ministra falava na cerimónia de apresentação de um livro sobre Trás-os-Montes e fundos comunitários da autoria do eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes, onde afirmou: “Se queremos viver num mundo globalizado, sem fronteiras, em que queremos dar uma oportunidade aos nossos jovens, temos de encarar de uma forma mais relativizada aquilo que é o fenómeno da movimentação dos jovens à procura de oportunidades por esse mundo fundo”.
“É também preciso percebermos que se os jovens hoje têm dificuldades particulares pelo facto de terem dificuldade no acesso ao emprego, de termos um desemprego jovem demasiado alto, é também verdade que os jovens de hoje têm mais oportunidades do que os jovens de antigamente”, declarou.
Maria Luís Albuquerque defendeu que “hoje um jovem que acaba uma licenciatura tem um mundo à sua disposição”.
“Nós vivemos numa União a 28 onde há liberdade de circulação, onde qualquer cidadão português pode ir viver para qualquer país da União Europeia, nós começamos a ensinar inglês aos nosso jovens aos cinco anos, damos-lhes cursos superiores em inglês, fazemos participar no programa Erasmus, isto certamente é para lhes abrir as portas do mundo e também para lhes dizer que se quiserem fazer opções lá fora devem fazê-lo”, continuou.
Para a ministra das Finanças “analisar a emigração jovem não pode deixar de ter em conta estes aspectos.
Maria Luís Albuquerque disse ainda que quando encontra “portugueses e estrangeiros por esse mundo fora dizem cada vez com mais frequência que têm excelentes profissionais portugueses a trabalhar em todas as áreas: como engenheiros, como economistas, na área financeira, nas grandes empresas”.
“E isso é também um contributo para o país porque eles assumem orgulhosamente como são portugueses”, considerou.
A ministra das Finanças escusou-se a comentar, no final da cerimónia as notícias que dão conta de que o Governo grego acusa Portugal e Espanha de conspirarem contra a Grécia, alegando desconhecer essas notícias.
No início do discurso, em Mirandela, no distrito de Bragança, referiu-se às relações de Portugal com os parceiros europeus e à frequência com que Portugal está mais próximo da Alemanha. “Eu pessoalmente não meço a independência da posição de Portugal pela sua relação com a posição da Alemanha. Ser independente não é estar contra a Alemanha, ser independente é estar contra a posição da Alemanha ou a favor dependendo se esta é ou não favorável a Portugal”, afirmou.
Maria Luís Albuquerque constatou que “agora é fácil chegar a Mirandela” e ao interior do país, graças às novas estradas construídas nos últimos anos no âmbito das Parcerias Público-Privadas.
A governante ouviu o presidente da Câmara de Mirandela, o social-democrata António Branco, pedir políticas para inverter “a profunda recessão demográfica que está a transformar-se de forma preocupante em algo irreversível”.
Maria Luís Albuquerque lembrou algumas medidas do Governo como a majoração para investimentos nos territórios de baixa densidade.
O eurodeputado José Manuel Fernandes falou do livro Pela Nossa Terra - Trás-os-Montes 2015" e das oportunidades do novo quadro comunitário de apoio, lembrando que vão estar disponíveis “14 milhões de euros por dia até 2020”, além de outros programas.
“Temos estes recursos que agora temos de saber utilizar bem. A palavra parceria é essencial”, alertou.