Comissão dá um milhão de euros a quem criar teste para saber se é mesmo preciso antibiótico
O uso desadequado destes tipo de fármacos, criados há cerca de 70 anos, tem levado à diminuição da sua eficácia no tratamento de algumas infecções, referiu o comissário europeu Carlos Moedas.
O objectivo da medida consiste em tentar travar o uso excessivo de antibióticos e a crescente resistência a este tipo de fármacos que, “todos os anos e só na Europa, provoca 25.000 mortes e mais de 1,5 mil milhões de euros em despesas de saúde e perdas de produtividade”, refere-se.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O objectivo da medida consiste em tentar travar o uso excessivo de antibióticos e a crescente resistência a este tipo de fármacos que, “todos os anos e só na Europa, provoca 25.000 mortes e mais de 1,5 mil milhões de euros em despesas de saúde e perdas de produtividade”, refere-se.
Quando este tipo de teste existir será mais fácil para os médicos saberem se uma simples constipação, uma bronquite ou uma otite, podem ser tratados de forma segura sem estes medicamentos. Quando estes problemas de saúde têm origem em meros vírus, os antibióticos (que se destinam a combater um tipo de diferente de microorganismo, as bactérias) são completamente ineficazes, ao contrário do que muitos pensam.
O uso desadequado destes tipo de fármacos, criados há cerca de 70 anos, tem levado à diminuição da sua eficácia no tratamento de algumas infecções, uma vez que as algumas bactérias foram criando resistências a alguns tipos deste género de fármacos.
O comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, disse: “A resistência crescente aos antibióticos é um dos maiores desafios de saúde pública dos dias de hoje. Precisamos de encontrar formas de evitar que as pessoas morram de infecções que eram tratáveis há décadas, até as resistências as terem tornado ineficazes”.
O prémio tanto está aberto a cientistas estabelecidos como a novatos nestas lides. Os critérios para a sua atribuição pedem que o teste seja barato, rápido, de fácil uso para prestadores de saúde e o menos invasivo possível. Mais informação sobre o regulamento do concurso e prazos de candidatura está disponível online.