Centros de saúde vão continuar a funcionar com horário alargado

Medida temporária de resposta à gripe devia terminar sábado, mas por precaução o Ministério da Saúde decidiu alargá-la.

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Uma das promessas de Paulo Macedo era dar um médico de família a todos os portugueses Rui Gaudêncio

“A época gripal e de infecções respiratórias está a diminuir. Contudo, manda a boa cautela que só depois de consolidados os bons resultados e de demonstrada a não necessidade da abertura é que ela eventualmente seja reduzida. Mas, neste momento, as indicações que mantemos para junto dos centros de saúde é de manter o alargamento de horário durante este período e, por isso, não iremos cumprir a data taxativa de 28 de Fevereiro”, adiantou o secretário de Estado adjunto e da Saúde, à margem da apresentação de uma campanha sobre o tabaco, na Direcção-Geral da Saúde.

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“A época gripal e de infecções respiratórias está a diminuir. Contudo, manda a boa cautela que só depois de consolidados os bons resultados e de demonstrada a não necessidade da abertura é que ela eventualmente seja reduzida. Mas, neste momento, as indicações que mantemos para junto dos centros de saúde é de manter o alargamento de horário durante este período e, por isso, não iremos cumprir a data taxativa de 28 de Fevereiro”, adiantou o secretário de Estado adjunto e da Saúde, à margem da apresentação de uma campanha sobre o tabaco, na Direcção-Geral da Saúde.

Fernando Leal da Costa acrescentou, ainda, que “os dados epidemiológicos é que vão determinar o termo desse alargamento” e adiantou que em alguns locais a afluência chegou às 200 pessoas por semana. "Mas já temos em alguns centros de saúde afluências tão baixas como dez doentes numa semana. Varia muito consoante as zonas do país e, neste momento, as condições climáticas aconselham ainda a alguma prudência”, justificou.

O alargamento decidido em Janeiro abrangeu algumas unidades seleccionadas, que passaram a estar abertas no período da noite (até às 22h ou meia-noite) e ao fim-de-semana. O objectivo foi retirar pressão das urgências hospitalares, depois de relatados vários casos de longas horas de espera e de doentes atendidos muito acima dos tempos recomendados. Houve mesmo o registo de sete óbitos, que determinaram a abertura de inquéritos para apurar eventuais ligações entre o desfecho e os atrasos.

Os últimos dados do Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa), relativos à semana de 9 a 15 de Fevereiro, indicam que voltaram a morrer mais pessoas do que o esperado para esta época do ano — o que representa uma inversão na tendência de queda que tinha acontecido na semana anterior. Ao todo foram registadas nessa semana 3000 mortes por todas as causas, num total de mais de 8000 mortes em todo o mês.

No entanto, o Insa sublinhava no boletim que a “a inversão da tendência decrescente da mortalidade é coincidente com a descida da temperatura mínima do ar ambiente observada na semana anterior”. Aliás, o frio anormal para a época tem sido apontado pelas autoridades de saúde como um dos principais responsáveis pelo excesso de mortalidade neste Inverno, já que coincidiu também com o pico da gripe.