Activistas invadem barbearia de Lisboa onde só entram homens e cães
Manifestantes denunciam “discurso misógino”. Responsáveis da barbearia defendem conceito.
Cerca de duas dezenas de pessoas, homens e mulheres, quase todas de cara tapada com lenços e máscaras de formas canídeas, entraram na loja situada na Rua do Alecrim, junto ao Cais do Sodré, a imitar o ladrar de cães. Num vídeo, intitulado Ninguém nasce cão e divulgado no blogue do grupo feminista Interpolação, vê-se que os funcionários da Figaro’s tentaram fechar a porta e expulsar os manifestantes, que ignoraram os letreiros colados na porta do estabelecimento, nos quais se lê a política da casa: os homens podem entrar, os cães também, as mulheres não.
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Cerca de duas dezenas de pessoas, homens e mulheres, quase todas de cara tapada com lenços e máscaras de formas canídeas, entraram na loja situada na Rua do Alecrim, junto ao Cais do Sodré, a imitar o ladrar de cães. Num vídeo, intitulado Ninguém nasce cão e divulgado no blogue do grupo feminista Interpolação, vê-se que os funcionários da Figaro’s tentaram fechar a porta e expulsar os manifestantes, que ignoraram os letreiros colados na porta do estabelecimento, nos quais se lê a política da casa: os homens podem entrar, os cães também, as mulheres não.
“Uma loja que, na sua porta, adopta um discurso misógino, faz um gesto político: intervém no espaço público com uma narrativa de exclusão não muito diferente das lógicas segregacionistas que pensávamos terem ficado lá atrás, no passado”, lê-se no blogue do grupo. Depois do protesto de sábado, os activistas avisam que este “é só o início”.
Por seu lado, os responsáveis da barbearia garantiram, em resposta ao Diário de Notícias, que estas “provocações cobardes não farão com que a Figaro's se desvie do conceito comercial que tem adoptado e que tem, felizmente, agradado ao público a que os serviços se destinam". Prometem também que vão procurar responsabilizar os invasores “em sede própria, tanto a nível penal como civil”.