O Sporting voltou às vitórias e recuperou Nani
Após uma primeira parte sem golos, os “leões” conseguiram derrotar o Gil Vicente graças ao sentido de oportunidade de Tanaka e à inspiração do internacional português.
São lutas diferentes as de Sporting e Gil Vicente. Um tenta não perder o contacto com quem vai à frente, o outro tenta fugir aos que vão atrás. Encontravam-se em momentos diferentes, os “leões” em desaceleração, os “galos” na sua melhor fase da época e a fazerem por fugir a um destino a que pareciam condenados durante muitas jornadas. Nos bancos também treinadores de perfil diferente, Marco Silva, um jovem ainda em processo de afirmação num “grande”, José Mota, um veterano especialista nas lutas de fundo da tabela e habituado a complicar a vida a todos os seus adversários.
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São lutas diferentes as de Sporting e Gil Vicente. Um tenta não perder o contacto com quem vai à frente, o outro tenta fugir aos que vão atrás. Encontravam-se em momentos diferentes, os “leões” em desaceleração, os “galos” na sua melhor fase da época e a fazerem por fugir a um destino a que pareciam condenados durante muitas jornadas. Nos bancos também treinadores de perfil diferente, Marco Silva, um jovem ainda em processo de afirmação num “grande”, José Mota, um veterano especialista nas lutas de fundo da tabela e habituado a complicar a vida a todos os seus adversários.
Depois da jornada europeia, o técnico do Sporting mudou quase meia equipa, uma rotação necessária tendo em conta o que vai acontecer na próxima semana, a recepção ao Wolfsburgo e a visita ao Dragão. Tanaka foi pela primeira vez titular no campeonato, Miguel Lopes assumiu o lugar do castigado Cedric, André Martins fez de Adrien e Carlos Mané ocupou o posto que costuma ser de Carrillo. O Gil Vicente fazia o seu papel mais cauteloso, com um meio-campo reforçado e Simy entregue à sua sorte entre os defesas “leoninos”.
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Assim que o árbitro apitou, o Sporting ficou com o domínio de jogo nas mãos, mas não sabia o que fazer com ele. Não havia rotina no meio-campo, não havia a decisão certa no ataque e as perdas de bola eram muitas, em especial de William, talvez condicionado com a perspectiva de levar um cartão amarelo e falhar o jogo no Dragão. Havia rotatividade e mobilidade no ataque, mas a falta de uma referência na área como é Slimani tornava quase inúteis os cruzamentos que o Sporting insistia em fazer. E quando tentava entrar pelo meio, havia sempre qualquer coisa que não resultava, mas para tal também contribuíam os anos de experiência acumulada entre os dois centrais do Gil, Cadu e Berger.
A primeira vez que o Sporting conseguiu furar com critério ia dando golo. Aos 25’, André Martins inicia a jogada, Nani dá o toque para Mané, mas o remate do jovem avançado embate no corpo de Adriano. Mané volta a ter o golo nos pés pouco depois, mas o seu remate é interceptado por Cadu. Estes momentos foram dois oásis na prestação “leonina” no primeiro tempo, com o Gil Vicente sempre à espreita do erro e do seu momento. Aconteceu aos 34’. Um livre de William a meio-campo é interceptado por um jogador do Gil que estava demasiado perto, o árbitro não parou a jogada (decisão errada), Ruben Ribeiro faz o passe para Diogo Viana, que surge isolado frente a Rui Patrício, mas remata ao lado.
Foi o melhor que a equipa de José Mota conseguiu fazer. Isto e uma muralha chamada Adriano Facchini. O guardião brasileiro conseguiu segurar o empate até ao intervalo, mas iria ter de enfrentar um “massacre” ainda maior na segunda parte. Não demorou muito até o Sporting chegar ao golo. Se não dava em ataque organizado, tinha de ser em bola parada. Aos 52’, canto de Jefferson, toque de Nani e Tanaka só teve de encostar, mais um golo decisivo do japonês depois do grande remate que valeu uma vitória em Braga. Antes do 1-0, Marco Silva preparava-se para lançar, em simultâneo, Montero e Carrillo no jogo, mas, depois, mudou de ideias e apostou só no peruano.
O golo foi o tónico de que o Sporting precisava, enquanto o Gil Vicente, que se tinha mostrado competente a defender, não reagiu bem à desvantagem. Só Adriano foi mantendo o resultado em números recuperáveis, mas mesmo o brasileiro só conseguiu ser um espectador privilegiado para o grande momento do jogo, aos 68’. Veio de alguém habituado aos grandes momentos, mas ultimamente afastado deles. Nani recebeu a bola e, bem longe da baliza, arrancou um enorme remate que só parou nas redes. Um golo para confirmar a vitória e para Nani recuperar a alegria. A forma como festejou não deixou dúvidas de quanto este golo significou para ele. Numa semana em que tem uma recepção ao Wolfsburgo e uma visita ao reduto do FC Porto, é importante para o Sporting ter este Nani.