E.L. James quer escrever o guião da sequela de As 50 Sombras de Grey

A escritora britânica exige um papel mais activo no próximo filme baseado no seu bestseller erótico.

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E.L. James fotografada em Lisboa, em 2012, ano de lançamento do romance Enric Vives-Rubio

Para já o filme realizado por Sam Taylor-Johnson é o recorde de bilheteira de 2015, com receitas mundiais de 218 milhões de euros no primeiro fim-de-semana de exibição (o de 14 e 15 de Fevereiro), mesmo com as opiniões maioritariamente negativas dos críticos e Hollywood a debater se a escritora não estaria a ter um papel demasiado interventivo nesta produção (circulou até a informação de que James teria direito de veto sobre o guião).

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Para já o filme realizado por Sam Taylor-Johnson é o recorde de bilheteira de 2015, com receitas mundiais de 218 milhões de euros no primeiro fim-de-semana de exibição (o de 14 e 15 de Fevereiro), mesmo com as opiniões maioritariamente negativas dos críticos e Hollywood a debater se a escritora não estaria a ter um papel demasiado interventivo nesta produção (circulou até a informação de que James teria direito de veto sobre o guião).

Ao que parece, e segundo a imprensa britânica, os bastidores de As 50 Sombras de Grey foram de grande tensão entre autora e realizadora, com Sam Taylor-Johnson a ponderar se permaneceria ou não ligada à continuação da trilogia, algo que nunca chegou a confirmar.

Segundo a Variety, James, que terá exigido permanentemente que os diálogos do filme fossem o mais possível “fiéis” aos originais do seu romance em três partes, procurou também que Taylor-Johnson “apimentasse” as cenas de sexo nesta versão para cinema. A revista norte-americana diz ainda que decorrem negociações com a Universal - estúdio que detém os direitos cinematográficos da trilogia -, que ainda não deu luz verde aos dois filmes seguintes, alegadamente porque James insiste em ser ela mesma a reescrever o guião já aprovado.

Se a autora permanecer inamovível é provável que os actuais guionistas e mesmo a realizadora ponham em causa a sua ligação ao projecto. Para já a Universal não faz comentários, garantindo apenas que sempre foi sua intenção reunir com James depois da estreia, o que ainda não aconteceu.

O efeito imediato deste clima de instabilidade nos bastidores, diz o diário britânico The Guardian, é um provável atraso na estreia da sequela, que não deverá chegar aos cinemas antes do final de 2016 ou do início de 2017.

A Universal vê-se, no entanto, sem grande margem de manobra para negociar com a autora britânica da trilogia de 2012, que já vendeu mais de 100 milhões de cópias em todo o mundo e que tem por base a relação entre o multimilionário Christian Grey (protagonizado por Jamie Dornan) e a jovem Anastasia Steele (Dakota Johnson). Isto porque, diz ainda o Guardian, James assegurou um contrato blindado com os estúdios que lhe permite ter um controle férreo sobre o produto final. Algo que JK Rowling (saga Harry Potter) e Stephenie Meyer (Crepúsculo) não conseguiram.