O primeiro “não-acontecimento” do ano

Qualquer Disney é mais violento e adulto do que isto.

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As semelhanças param aí, porque qualquer Disney (falamos dos genuínos, que já acabaram há décadas) é mais violento emocionalmente, e mais adulto intelectualmente, do que este filme, cuja única graça é fazer desenrolar ao mesmo tempo da intriga o espectáculo do seu próprio puritanismo sempre à beira de entrar em curto-circuito – os malabarismos da montagem nas cenas de sexo e de nu, onde quase dá para ouvir gritinhos de excitação adolescente sempre que – ah, corajosos – se destapa mais um palmo de carne. É só o primeiro “não-acontecimento” do ano, haverá outros. O que responde também à pergunta que ouvimos mais do que uma vez durante a semana passada: “uma estrelinha, porquê?”. Porque, por mau e inepto que isto seja, não é pior nem mais inepto do que a norma da grande produção hollywoodiana contemporânea. Simplesmente põe-se mais a jeito para, digamos, os açoites.

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As semelhanças param aí, porque qualquer Disney (falamos dos genuínos, que já acabaram há décadas) é mais violento emocionalmente, e mais adulto intelectualmente, do que este filme, cuja única graça é fazer desenrolar ao mesmo tempo da intriga o espectáculo do seu próprio puritanismo sempre à beira de entrar em curto-circuito – os malabarismos da montagem nas cenas de sexo e de nu, onde quase dá para ouvir gritinhos de excitação adolescente sempre que – ah, corajosos – se destapa mais um palmo de carne. É só o primeiro “não-acontecimento” do ano, haverá outros. O que responde também à pergunta que ouvimos mais do que uma vez durante a semana passada: “uma estrelinha, porquê?”. Porque, por mau e inepto que isto seja, não é pior nem mais inepto do que a norma da grande produção hollywoodiana contemporânea. Simplesmente põe-se mais a jeito para, digamos, os açoites.

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