EUA mantêm "todos os serviços de apoio a operações" nas Lajes
No final de uma audição na comissão parlamentar de Defesa sobre as leis de programação e infraestruturas militares, o general José Pinheiro afirmou que a redução substancial da presença norte-americana nas Lajes, a base aérea n.º4 da Força Aérea, é "um processo muito complexo", mas que em termos operacionais não haverá alterações.
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No final de uma audição na comissão parlamentar de Defesa sobre as leis de programação e infraestruturas militares, o general José Pinheiro afirmou que a redução substancial da presença norte-americana nas Lajes, a base aérea n.º4 da Força Aérea, é "um processo muito complexo", mas que em termos operacionais não haverá alterações.
"Os serviços que os americanos fornecem directamente no apoio à operação serão mantidos e portanto, nesse aspecto, naquilo que tem a ver exclusivamente com o cumprimento da missão da Força Aérea na região autónoma [dos Açores], e sem ser na região autónoma, eu tenho neste momento razões para ter alguma tranquilidade", declarou.
O CEMFA sublinhou que a sua preocupação principal é continuar "a ter condições nas Lajes e na região autónoma dos Açores para cumprir as missões" do ramo, principalmente de busca e salvamento e transporte aeromédico.
O chefe militar disse que a base das Lajes, "enquanto base aérea n.º4 e enquanto Força Aérea", não deverá sofrer "grandes alterações", embora "a saída dos americanos tenha um impacto grave na comunidade".
Questionado sobre uma eventual mudança de estatuto da base, o general José Araújo Pinheiro disse não ter informações. "Essa é uma área mais política, a base aérea n.º4 tem uma missão, tem as pessoas e tem os meios para cumprir a sua missão, aquilo que me preocupou era que aquilo que na nossa missão depende da colaboração dos americanos pudesse ser afetado, as informações que tenho dão-me alguma segurança para pensar que não será assim e portanto, no aspecto do cumprimento da missão, estou relativamente descansado", disse.
O CEMFA referiu ainda não ter qualquer plano para reduzir ou aumentar a presença de militares portugueses naquela base açoriana.
Na semana passada, a Comissão Bilateral Permanente entre Portugal e Estados Unidos da América terminou sem resultados práticos quanto à base das Lajes, estando prevista uma nova reunião "em breve", a realizar na capital norte-americana, Washington.
A 8 de Janeiro, o Pentágono anunciou uma redução da sua presença nas Lajes, de 650 para 165 pessoas, e uma diminuição gradual dos trabalhadores portugueses de 900 para 400 ao longo deste ano.