As 50 Sombras de Grey ultrapassa Avatar nos primeiros dias de exibição
A adaptação do romance erótico de E.L. James é o recorde de bilheteira de 2015, tendo gerado receitas mundiais de 218 milhões de euros no primeiro fim-de-semana em exibição.
Até os piratas informáticos cederam à curiosidade: a Variety noticia que desde a estreia mundial cerca de 300 mil descarregaram ilegalmente uma cópia de baixa qualidade do filme, aparentemente registada com câmara num cinema (Guardiões da Galáxia, um dos blockbusters de 2014, registou no mesmo período 198 mil downloads ilegais).
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Até os piratas informáticos cederam à curiosidade: a Variety noticia que desde a estreia mundial cerca de 300 mil descarregaram ilegalmente uma cópia de baixa qualidade do filme, aparentemente registada com câmara num cinema (Guardiões da Galáxia, um dos blockbusters de 2014, registou no mesmo período 198 mil downloads ilegais).
A AP escreve que, tendo em conta este cenário, a decisão da produtora Universal em adiar a data da estreia de Agosto de 2014 para o Dia dos Namorados de 2015 provou ser uma jogada de mestre. “Este é o único fim-de-semana em todo o ano em que os homens vão ver um filme que não querem ver. As outras 51 semanas são um pouco diferentes”, argumentou à agência Gitesh Pandya, editora do site Box Office Guru. Ainda assim, os espectadores do filme são maioritariamente do sexo feminino (68%).
Apesar de os fãs da trilogia de E. L. James assegurarem por si só que a versão cinematográfica da obra seria um sucesso, tal não explica o fenómeno gerado nestes primeiros dias de exibição. Como comparação, recorde-se que nos Estados Unidos o primeiro filme da saga Twilight teve uma quebra de 40,8% no segundo dia em cartaz. As 50 Sombras de Grey, por sua vez, registou uma subida de 21%.
Com um orçamento de 40 milhões de dólares (cerca de 35 milhões de euros), a Universal previa gerar 110 milhões de dólares (cerca de 96 milhões de euros) com o filme realizado por Sam Taylor-Johnson e protagonizado por Dakota Johnson e Jamie Dorman. Os primeiros resultados deixarão claro à produtora que valerá a pena avançar para a adaptação dos dois volumes restantes da trilogia.
Porém, perante a euforia dos números, um obstáculo se levanta. A crítica tem vergastado o filme sem piedade e parte dos espectadores não têm escondido a sua desilusão perante o resultado final da adaptação (no site CinemaScore, que mede a recepção do público aos filmes em exibição, As 50 Sombras de Grey tem uma classificação de “C+”, a terceira mais baixa entre as obras em avaliação). “Antecipo um grande declínio e uma erosão rápida nos dias e semanas que se seguem. Este [filme] não terá muita capacidade de resistência para continuar”, defendeu Gitesh Pandya.