Surpresas para todos os gostos na primeira jornada
O Super Rugby de 2015 começou com as surpreendentes derrotas caseiras de Crusaders, Sharks, Bulls e Waratahs
Sete jogos, apenas uma vitória caseira e quatro resultados surpreendentes. O Super Rugby 2015 arrancou no passado fim-de-semana e pela amostra a última edição com apenas 15 equipa promete muita competitividade. Waratahs e Crusaders, finalistas da última época, entraram com o pé esquerdo.
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Sete jogos, apenas uma vitória caseira e quatro resultados surpreendentes. O Super Rugby 2015 arrancou no passado fim-de-semana e pela amostra a última edição com apenas 15 equipa promete muita competitividade. Waratahs e Crusaders, finalistas da última época, entraram com o pé esquerdo.
A história desta competição interprovincial iniciou-se em 1986, por iniciativa da Nova Zelândia, e a primeira edição contou com equipas neozelandesas, australianas e ainda uma selecção das Fiji. Durante 10 anos foram várias as mudanças até que em 1996 ganhou um estatuto profissional, sob a batuta administrativa da joint venture SANZAR, desta feita num formato a 12, que seria alargado a 14 equipas em 2006 e 15 em 2011. No próximo ano, já se sabe, haverá um novo alargamento, desta feita com a introdução de mais uma equipa da África do Sul, assim como uma formação da Argentina e do Japão.
Nas edições anteriores, a Nova Zelândia garantiu 12 triunfos (sete pelos Crusaders, três pelos Blues e dois pelos Chiefs), a Austrália conta com quatro vitórias (dois pelos Brumbies, um pelos Reds e Waratahs, estes últimos no ano transacto) e a África do Sul conta com três conquistas, todas pelos Bulls de Pretória.
Nesta primeira ronda, das sete equipas que jogaram em casa (os Highlanders ficaram de folga), apenas uma saiu vencedora, precisamente no encontro entre Brumbies de Canberra e os Reds de Brisbane, com o resultado final a fixar-se em 47-3.
Os Chiefs de Hamilton deslocaram-se até Auckland para defrontar os Blues, desta feita munidos do regressado Sonny Bill Williams, que esteve muito envolvido no jogoe participação directa nos dois ensaios da sua equipa, ao alimentar os pontas Lowe e Heem, que fizeram o toque de meta. Os Chiefs sofreram também dois ensaios, mas foram mais eficazes nas conversões, com 2-0 nesse departamento. O resultado ainda reflectiu o peso de seis penalidades convertidas para os Blues e três para os Chiefs.
A equipa de Sonny Bill, defrontam na próxima jornada os Brumbies, que ficou em 4.º lugar na época passada, tendo inclusivamente ganho a estes mesmos Chiefs nas qualifying finals, por 32-30, apenas tendo terminado o seu percurso nas meias-finais frente aos Waratahs (26-8). Para este embate, os Chiefs já deverão contar com Aaron Cruden, Liam Messam e Brodie Retallick.
O embate cujo resultado provocou maior espanto, correspondeu à derrota dos campeões em título, os Waratahs, frente ao 8.º classificado de 2014, a Force, por 15-25. Steve Welsh foi o árbitro da partida, onde houve dois ensaios dos Waratahs e quatro da Force, com um cartão amarelo para cada lado.
A equipa dos Waratahs, comandada por Michael Cheika, alinhou com Benn Robinson, Tafatu Polota-Nau e Sekope Kepu na primeira linha, David Dennies e Will Skelton na 2ª linha, Jaques Poitgieter e Michael Hooper a asas, com Wycliff Palu como n.º 8.
Nas linhas atrasadas jogaram Nick Phipps a formação, Bernard Foley a abertura, dupla de centros Kurtley Beale e Adam Ashley-Cooper, Rob Horne a ponta esquerdo (marcador dos 2 ensaios), Taqele Naiya Ravora a ponta direito e Israel Folau como defesa.
Esta equipa, recheada de grandes nomes do râguebi internacional esteve aquém das suas possibilidades com um jogo lento, apático e com muitos erros directos no manuseamento da oval, apesar de terem bastante posse. A Force ganhou nos confrontos físicos e em praticamente todos os aspectos do jogo, com excepção da mêlée (88,3% vs. 44,4% de mêlées ganhas respectivamente pelos Waratahs e Force) e dos lineouts (100% vs. 73,3%). Um número importante foi o de turnovers: dois para os da casa e 12 para os visitantes.
A Force, volta assim a ser uma equipa que bate o pé aos Waratahs, depois de na época passada ter sido apenas uma das quatro formações que contrariou o jogo fluido e dinâmico dos campeões. Nessa altura, na ronda 9, venceram em sua casa por 28-16, depois de na jornada 2 terem perdido em Sydney, por 43-21, com um hat-trick de Israel Folau.