A Shield, novamente, como mal menor
Portugal terminou a quinta etapa do Circuito Mundial na 13.ª posição e perdeu um lugar na classificação da prova
Tal como tinha acontecido na África do Sul, na terceira etapa, Portugal saiu de Las Vegas com um troféu na bagagem, mas em termos práticos o resultado alcançado nos Estados Unidos foi a repetição da pior prestação da selecção nacional nesta temporada no Circuito Mundial de sevens. Com a vitória na Taça Shield na quinta etapa, Portugal ficou no 13.º lugar e distanciou-se do Japão, que continua a somar últimos lugares, mas caiu para a penúltima posição da prova.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Tal como tinha acontecido na África do Sul, na terceira etapa, Portugal saiu de Las Vegas com um troféu na bagagem, mas em termos práticos o resultado alcançado nos Estados Unidos foi a repetição da pior prestação da selecção nacional nesta temporada no Circuito Mundial de sevens. Com a vitória na Taça Shield na quinta etapa, Portugal ficou no 13.º lugar e distanciou-se do Japão, que continua a somar últimos lugares, mas caiu para a penúltima posição da prova.
Após uma fase de grupos onde as exibições foram melhores nas derrotas (África do Sul e Estados Unidos) do que na vitória (Japão), Portugal disputou, à semelhança das etapas anteriores, o Taça Bowl e começou a fase a eliminar com um duelo frente ao Quénia.
O início do confronto frente aos africanos ainda foi prometedor e Adérito Esteves colocou Portugal, que tinha vantagem numérica, a ganhar por 7-0, mas na primeira vez que conseguiu entrar no meio-campo português, o Quénia fez ensaio, reduziu para 7-5, e a partir desse momento surgiu em campo o lado mau na equipa nacional.
Embora tivesse chegado ao intervalo a ganhar, Portugal sofreu um ensaio logo após o recomeço (7-12) e na segunda parte a selecção nacional deixou de jogar como equipa. Apesar das sucessivas posses de bola e oportunidades para se colocar na frente, os jogadores portugueses tentarem sempre iniciativas individuais que terminavam invariavelmente com os quenianos a ganhar no confronto físico e a reconquistar a bola. E uma dessas situações, já nos derradeiros segundos, originou o terceiro ensaio africano, que colocou o marcador final em 7-17.
Falhado o objectivo de atingir as meias-finais da Bowl e repetir as melhores prestações anteriores, Portugal caiu para a Taça Shield pela segunda vez nesta temporada. Com a equipa a acusar claro desgaste (Carl Murray, Diogo Miranda e João Lino tiveram problemas físicos), a formação portuguesa defrontou o Brasil nas meias-finais da Shield e contra a equipa convidada da prova, o conjunto nacional teve que sofrer muito.
O duelo voltou a começar bem para Portugal, que colocou-se a vencer por 12-0 (ensaio de David Mateus e Nuno Sousa Guedes), mas a inexperiente equipa brasileira deu a volta ao jogo e a meio da segunda parte já vencia por 19-12. A sorte do jogo, todavia, voltou a sorrir para a equipa nacional que beneficiando de superioridade numérica nos últimos dois minutos, garantiu o acesso à final da Shield com mais dois ensaios, o últimos dos quais, de Nuno Sousa Guedes, na “bola de jogo”.
A terminar a etapa norte-americana, Portugal jogou a final da Shield com o País de Gales e voltou a entrar muito bem na partida, chegando ao intervalo a ganhar por 12-0, com dois ensaios de Adérito Esteves. Com apenas dois suplentes no banco (João Bello e João Diogo Silva), a selecção nacional aumentou para 19-0 já na segunda parte (toque de meta de Sousa Guedes), mas apesar da reacção dos galeses, que reduziram para 19-12, segurou a vantagem e garantiu a vitória no troféu de menor importância na competição.
Com o 13.º lugar em Las Vegas, Portugal ganhou mais dois pontos ao Japão, que nas cinco etapas ficou sempre em último, mas foi ultrapassado pelo Canadá, caindo para a 14.ª e penúltima posição do Circuito Mundial.