Zoë Sua Kay, a promessa da arte portuguesa em Nova Iorque

Nasceu em Portugal, o pai em Moçambique e o avô na China. É considerada uma promessa nas artes plásticas de Nova Iorque

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Chama-se Zoë Sua Kay, é portuguesa e as suas pinturas realistas estão expostas na galeria Bernarducci Meisel, em Nova Iorque. A artista portuguesa divide o espaço com a norte-americana Helen Strickler, no âmbito da iniciativa "First Look", dedicada à promoção de autores promissores. "O programa foi desenvolvido para mostrar o trabalho convincente de artistas emergentes cujo trabalho não se limita necessariamente à pintura realista, mas que eles julgam promissores e merecedores de exposição em Nova Iorque", justificou, à Lusa, Sua Kay, de 27 anos.

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Chama-se Zoë Sua Kay, é portuguesa e as suas pinturas realistas estão expostas na galeria Bernarducci Meisel, em Nova Iorque. A artista portuguesa divide o espaço com a norte-americana Helen Strickler, no âmbito da iniciativa "First Look", dedicada à promoção de autores promissores. "O programa foi desenvolvido para mostrar o trabalho convincente de artistas emergentes cujo trabalho não se limita necessariamente à pintura realista, mas que eles julgam promissores e merecedores de exposição em Nova Iorque", justificou, à Lusa, Sua Kay, de 27 anos.

A artista explica que usa "uma técnica de pintura indireta, em que camadas de tinta são aplicadas sobre outras camadas, para obter um efeito translúcido que existe na pele, como se cada camada fosse uma camada da epiderme." "Todos os quadros são estudos de 'close up' da pele e estão na fronteira entre pintura abstrata e figurativa", referiu ainda.

Sua Kay nasceu em Lisboa e mudou-se para o Reino Unido, aos 13 anos, para estudar. Depois de completar uma licenciatura em Belas Artes e de trabalhar como artista durante cinco anos, mudou-se para os Estados Unidos, em 2012, para tirar um mestrado na New York Academy of Art.

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Zoë Sua Kay

"Enquanto pintora figurativa que procura um lugar no mundo da arte, encontrar esta escola foi como encontrar uma casa. Estar baseada em Nova Iorque foi sem dúvida um bónus adicional. Em Nova Iorque não existe uma 'art scene', mas centenas. Há oportunidades para todos os tipos de artista", observa.

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Avô chinês, de Macau

A portuguesa, que está representada na Saatchi Art, entre outras coleções internacionais, prefere a pintura a óleo e diz que gosta de explorar as ligações entre os grandes mestres da pintura e artistas contemporâneos. "No meu trabalho é essencial a busca de um diálogo entre as grandes figuras da pintura figurativa e as excursões mais contemporâneas da pintura do campo de cor no expressionismo abstracto. Ao mesmo tempo que olho para mestres como Rembrandt, também olho para os grandes pintores contemporâneos de cor, como Jules Olitski", diz.

Sua Kay já expos em Londres, Nova Iorque, Itália e China, onde foi artista residente na Universidade de Xangai. Em 2013, foi finalista da competição Art Sprinter, que terminou em terceiro lugar. "Sabia que queria ser artista desde o primeiro momento em que pousei um lápis num papel. Ser artista para mim não foi uma escolha. O desejo de pintar foi uma força motivante em toda a minha vida. Tive a sorte de ter uma família que me encorajou a seguir as minhas paixões", disse à Lusa.

O nome da pintora deve-se a um avô chinês, de Macau, que se mudou para Moçambique, onde o seu pai viria a nascer. Os pais conheceram-se em Moçambique mas acabaram por mudar-se para Portugal, onde nasceu Sua Kai. "É um nome e uma herança pouco usual, mas muito resultado do rico alcance global de Portugal e da sua história", acredita a artista.