Quem olhar para o resto do calendário de Benfica e FC Porto constata que, em teoria, os benfiquistas podem ter alguma vantagem. Desde logo porque não jogam mais com um dos actuais clubes que ocupa os quatro primeiros lugares (Sporting) e, em relação aos outros dois (FC Porto e Sporting de Braga), os duelos serão no seu estádio.

Quem olhar para o resto do calendário de Benfica e FC Porto constata que, em teoria, os benfiquistas podem ter alguma vantagem. Desde logo porque não jogam mais com um dos actuais clubes que ocupa os quatro primeiros lugares (Sporting) e, em relação aos outros dois (FC Porto e Sporting de Braga), os duelos serão no seu estádio.

Outro dado que pode jogar a favor dos “encarnados” tem a ver com o facto de já não estarem nas competições europeias. Se é verdade que competir numa Liga dos Campeões ou mesmo na Liga Europa traz prestígio e é fonte de motivação, é inegável que acarreta maior desgaste físico e, acima de tudo, eleva os riscos de lesões. E depois, há a componente mental. É usual ver os treinadores das equipas nessas circunstâncias pedirem aos seus jogadores para se concentrarem no próximo jogo e não pensarem antes do tempo no embate europeu. Só que, muitas vezes, isso acaba por não suceder e os deslizes… acontecem.

Ora, a equipa de Julen Lopetegui apurou-se para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, onde terá pela frente o Basileia, um adversário que permite aos portistas alimentar a esperança de seguir para os “quartos”. As partidas com a formação suíça vão ocorrer depois de uma recepção ao Vitória de Guimarães, antes de uma ida ao Bessa, depois de um jogo com o Sporting de Braga e antes da recepção ao Arouca. Serão 15 dias de risco que se repetirão a cada eliminatória que os “dragões” ultrapassem, com outros intervenientes.

Comparando o calendário interno dos dois primeiros, os portistas não só têm que deslocar-se à Luz e a Braga, como ainda terão que receber o Sporting. De resto, como pontos teoricamente mais problemáticos para o FC Porto surgem o derby portuense, no Bessa (o relvado sintético tem causado dificuldades a quem lá joga), a partida no terreno do Nacional e a deslocação ao Restelo. Em comum com os benfiquistas há ainda um encontro no terreno do Rio Ave, que está a fazer um bom campeonato.

Já os campeões nacionais, para além das já referidas recepções a Sp. Braga e FC Porto, têm nas deslocações ao Restelo e a Guimarães (e a mencionada jornada em Vila do Conde) as maiores dores de cabeça.

Em comum, Benfica e FC Porto têm ainda as meias-finais da Taça da Liga. Os “encarnados” resolvem já amanhã a questão. Defrontam o Vitória de Setúbal, na Luz, e, em caso de triunfo, disputarão a final dia 25 de Abril. Quanto aos portistas, têm agendado o duelo no Funchal, com o Marítimo, para o início de Abril, entre a deslocação ao terreno do Nacional e a recepção ao Estoril. Curioso é o facto de, se “águias” e “dragões” vencerem os seus adversários, disputarem a final da Taça da Liga precisamente antes da jornada em que se defrontarão na Luz para o campeonato.

O Sporting, em teoria, tem o calendário mais complexo e preenchido, para além de ter que diminuir distâncias para dois adversários. Em termos nacionais, as maiores dores de cabeça surgem com a deslocação ao Restelo, já na próxima ronda, a viagem até ao Dragão, a ida ao terreno do Marítimo ou a recepção ao Sp. Braga. Mas há outras saídas de risco, como a Paços de Ferreira ou até ao Estoril.

Os “leões” têm ainda que contar com a meia-final da Taça de Portugal, no início de Março, no terreno do Nacional, logo a seguir à partida no Dragão e antes da recepção ao Penafiel.

E depois há a Liga Europa, prova europeia com mais uma eliminatória que a Liga dos Campeões. Os 16 avos-de-final, frente aos alemães do Wolfsburgo, arrancam já na próxima semana, depois do embate com o Belenenses, e a segunda mão surge poucos dias antes do clássico com o FC Porto.