Só nos últimos 20 minutos é que se lembraram das balizas
Benfica só reagiu depois de estar em desvantagem, mas evitou derrota em Alvalade ao cair do pano. Empate (1-1) mantém rivais separados por sete pontos.
Repetiu-se o resultado que tinha acontecido na primeira volta, na Luz, ainda que ontem o Sporting tenha dominado a partida do princípio ao fim. Os “leões” estiveram sempre por cima do adversário e só a falta de eficácia foi adiando o golo da equipa de Marco Silva. Jorge Jesus optou por adoptar uma postura menos arrojada e prescindiu de Talisca para reforçar o meio-campo com André Almeida. Mas o internacional português nunca se sentiu confortável, com uma participação irregular nas tarefas defensivas e quase nula em termos ofensivos. Esta mentalidade “encarnada” foi castigada com o golo de Jefferson, que parecia deixar sentenciado o encontro. Só que, no último suspiro do derby, Jardel deixou tudo como estava e permitiu ao Benfica limitar os estragos.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Repetiu-se o resultado que tinha acontecido na primeira volta, na Luz, ainda que ontem o Sporting tenha dominado a partida do princípio ao fim. Os “leões” estiveram sempre por cima do adversário e só a falta de eficácia foi adiando o golo da equipa de Marco Silva. Jorge Jesus optou por adoptar uma postura menos arrojada e prescindiu de Talisca para reforçar o meio-campo com André Almeida. Mas o internacional português nunca se sentiu confortável, com uma participação irregular nas tarefas defensivas e quase nula em termos ofensivos. Esta mentalidade “encarnada” foi castigada com o golo de Jefferson, que parecia deixar sentenciado o encontro. Só que, no último suspiro do derby, Jardel deixou tudo como estava e permitiu ao Benfica limitar os estragos.
Numa noite fria, Lisboa voltou a vestir o verde e vermelho de Sporting e Benfica. O ambiente antes do derby era eléctrico e a festa passou das bancadas para o relvado, com um início de jogo caracterizado pela elevada intensidade. Em contrapartida, a emoção escasseou e as oportunidades de golo não existiram na primeira parte. O Benfica acusava muitas dificuldades em passar do registo defensivo ao ofensivo: apenas num par de ocasiões (se tanto) conseguiu chegar à área adversária com a bola controlada, o que deixava a dupla Lima-Jonas muito isolada do resto da equipa. William Carvalho assumiu o protagonismo no meio-campo “leonino” e João Mário destacou-se pelo dinamismo com que empurrou o Sporting para a frente. Montero, em movimentações constantes, oferecia soluções mas os espaços não eram aproveitados e o grande pecado estava na definição dos lances criados.
The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_IMAGEM.cshtml' was not found. The following locations were searched:
~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_IMAGEM.cshtml
NOTICIA_IMAGEM
Paulatinamente, porém, a equipa de Marco Silva foi-se tornando mais assertiva no ataque. Mas Artur, que rendeu o lesionado Júlio César na baliza “encarnada”, superou o desconforto que por vezes evidenciou com um par de intervenções que mantiveram o nulo no marcador. Evitou que a bola de Cédric chegasse a João Mário (52’), desviou um grande cabeceamento de Carrillo (71’) e travou o disparo de Montero (76’). Enquanto isso, na área oposta, Rui Patrício continuava à espera que lhe dessem trabalho.
Mas a história do jogo ditaria que os dois guarda-redes sofreriam o mesmo número de golos. Após um mau corte de Samaris, João Mário surgiu em excelente posição mas Artur negou o golo ao internacional português. Só que a bola foi parar a Jefferson, que na recarga atirou para o fundo da baliza “encarnada”.
As bancadas exultaram e adivinhava-se emoção renovada para as 14 jornadas que faltam na I Liga, com uma luta a três. Só que não seria esse o desfecho ao cair do pano. Após um lance confuso na área do Sporting, Jonas insistiu e a bola sobrou para Jardel, que atirou sem hipóteses para Rui Patrício. Golo do Benfica no primeiro remate enquadrado com a baliza adversária e um fim de noite inglório para o guarda-redes português. Seguiram-se cenas lamentáveis nas bancadas, com adeptos benfiquistas a lançarem artefactos pirotécnicos para os sectores que os ladeavam.
Pouco depois, Jorge Sousa apitava para o final do derby. No frente-a-frente entre o treinador mais velho (Jorge Jesus, com 60 anos) e o mais novo (Marco Silva, 37) da I Liga, cumpriu-se a tendência recente de equilíbrio nos encontros em Alvalade a contar para o campeonato: foi o segundo 1-1 consecutivo e o quarto empate em oito anos.