PSD satisfeito com acordo sobre hepatite C, oposição lamenta demora
Partidos reagiram ao acordo alcançado para os tratamentos.
Miguel Santos, que falava aos jornalistas, no Parlamento, saudou o acordo alcançado. “Tratou-se de um processo negocial muito difícil de muitos meses”, disse, garantindo que a reunião final entre as duas partes foi marcada na terça-feira, um dia antes do incidente na comissão de Saúde. O social-democrata acusou a oposição de estar contra o Governo e de não estar ao lado dos doentes. “Ao longo deste processo, PS, BE, PS e PEV não defenderam os interesses dos doentes, não defenderam os interesses do Estado”, afirmou. Questionado sobre a razão de não ter havido acordo antes, Miguel Santos disse que “não podia acontecer sob qualquer condição”. Já sobre o protesto de quarta-feira, em que um doente com hepatite C interpelou directamente o ministro da Saúde pedindo para não o deixar morrer, Miguel Santos mostrou-se agora mais compreensivo com a situação gerada por uma “carga emocional” dos doentes.
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Miguel Santos, que falava aos jornalistas, no Parlamento, saudou o acordo alcançado. “Tratou-se de um processo negocial muito difícil de muitos meses”, disse, garantindo que a reunião final entre as duas partes foi marcada na terça-feira, um dia antes do incidente na comissão de Saúde. O social-democrata acusou a oposição de estar contra o Governo e de não estar ao lado dos doentes. “Ao longo deste processo, PS, BE, PS e PEV não defenderam os interesses dos doentes, não defenderam os interesses do Estado”, afirmou. Questionado sobre a razão de não ter havido acordo antes, Miguel Santos disse que “não podia acontecer sob qualquer condição”. Já sobre o protesto de quarta-feira, em que um doente com hepatite C interpelou directamente o ministro da Saúde pedindo para não o deixar morrer, Miguel Santos mostrou-se agora mais compreensivo com a situação gerada por uma “carga emocional” dos doentes.
Pelo PCP, a deputada Paula Santos disse esperar que o tratamento possa ser dado “o mais rapidamente possível”, mas questionou a forma como decorreu o processo: “Quanto custa uma vida humana para o Governo?”. A parlamentar comunista lembrou as palavras do presidente do Infarmed sobre o risco deste tipo de situação se repetir, dada a dependência que Portugal tem dos resultados da investigação científica de outros países.
A bloquista Helena Pinto lamentou “profundamente” que tenha acontecido este “processo doloroso”, em que os doentes viram o seu caso “andar de secretária em secretária”. “Tivemos que assistir a uma morte para o ministro ter que vir esclarecer os portugueses”, apontou.