10 filmes que darão que falar em Berlim

Juliette Binoche dá o tiro de partida para a 65ª edição do certame, que homenageia Wim Wenders e estreia os novos filmes de Werner Herzog e Terrence Malick.

Muitos observadores considerem que ao longo dos últimos anos a Berlinale perdeu alguma relevância – sobretudo desde que Dieter Kosslick assumiu os comandos em busca de um meio-termo entre o evento comercial e a celebração do cinema. Kosslick renovou o seu contrato de director por mais cinco anos e manter-se-á até 2019 à frente do festival, que é aberto ao público e atrai anualmente uma média de 300 mil espectadores.

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Muitos observadores considerem que ao longo dos últimos anos a Berlinale perdeu alguma relevância – sobretudo desde que Dieter Kosslick assumiu os comandos em busca de um meio-termo entre o evento comercial e a celebração do cinema. Kosslick renovou o seu contrato de director por mais cinco anos e manter-se-á até 2019 à frente do festival, que é aberto ao público e atrai anualmente uma média de 300 mil espectadores.

Mas 2015 traz, no papel, uma das selecções mais diversificadas dos últimos anos, quer nas secções competitivas quer nas estreias fora de concurso. A abertura tem lugar esta noite com Nobody Knows the Night, com Juliette Binoche, Rinko Kikuchi e Gabriel Byrne, dirigido pela espanhola Isabel Coixet (Elegia). O júri da edição 2015 é liderado pelo realizador Darren Aronofsky (Cisne Branco,Noé), e dele fazem igualmente parte a actriz francesa Audrey “Amélie” Tautou, o actor alemão Daniel Brühl (Adeus Lenine), o realizador coreano Bong Joon-ho (Snowpiercer) e Matthew Weiner, criador da série Mad Men

1. O mais prolífico dos cineastas do “novo cinema alemão” dos anos 1970 ainda em actividade, Wim Wenders é o homenageado da edição 2015, depois do seu filme sobre Pina Bausch ter criado sensação em 2011. Para além de uma retrospectiva, o festival estreia ainda a sua nova ficção, Every Thing Will Be Fine, com James Franco, Charlotte Gainsbourg.

2. Um dos grandes eventos mediáticos da Berlinale será a estreia internacional, fora de concurso, de As Cinquenta Sombras de Grey. A adaptação cinematográfica do best-seller de E. L. James dirigida pela artista multimedia Sam Taylor-Johnson, será revelada ao grande público numa sessão de gala na própria véspera da chegada às salas.

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3. Berlim tem tido uma relação muito próxima com o cinema iraniano, consagrando com o Urso de Ouro Uma Separação, de Asghar Farhadi, em 2011. Jafar Panahi, autor de Offside e Isto Não é um Filme, proibido de filmar por 20 anos pelo anterior presidente Mahmoud Ahmadinejad na sequência das “manifestações verdes” em 2009, apresenta este ano a concurso a sua terceira longa-metragem realizada desde essa interdição, Taxi

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4. O ex-recluso Terrence Malick (A Árvore da Vida) continua a aceleração do seu ritmo de produção com Knight of Cups. Apresentado na selecção competitiva, trata-se de uma história ambientada no mundo do cinema interpretada por Christian Bale, Cate Blanchett e Natalie Portman.

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5. O mais idiossincrático de todos os cineastas alemães, Werner Herzog, estreia a concurso este ano a sua nova ficção. Queen of the Desert é uma biografia da aventureira e diplomata britânica Gertrude Bell com Nicole Kidman no papel principal.

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6. James Dean continua a atrair a atenção do cinema como poucos. O fotógrafo Anton Corbijn (Control, O Homem Mais Procurado) debruça-se sobre a amizade do actor com o fotógrafo da revista Life Dennis Stock em Life, exibido fora de concurso. Dane de Haan é Dean, Robert Pattinson é Stock.

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7. Love and Mercy, estreia na realização do produtor Bill Pohlad, conta a história de um dos poucos génios contemporânea da música popular americana, Brian Wilson dos Beach Boys. Paul Dano e John Cusack revezam-se no papel do músico.

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 8. Depois de Tony Manero, Post Mortem e Não, o chileno Pablo Larraín apresenta a concurso em Berlim a sua nova longa-metragem El Club. Trata-se de um filme “coral” que acompanha uma série de padres com segredos inconfessáveis enviados por um retiro isolado.

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 9. Um dos mais aclamados cineastas chineses contemporâneos, Jia Zhang-ke, autor de O Mundo ou Um Toque de Pecado, é o objecto de um documentário aguardado como poucos. Walter Salles, o cineasta de Central do Brasil, retrata-o em Jia Zhang-ke, um Homem de Fenyang, estreado na secção Panorama Dokumente.

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10. Portugal não ficou esquecido na programação de 2015. Joaquim Pinto e Nuno Leonel exibem a “versão restaurada”, remontada, do seu documentário Rabo de Peixe, e João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata levam a sua mais recente curta-metragem macaense, Iec Long, na secção paralela Forum.

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