Construção da variante EN14 "é decisão histórica"

Presidente da Câmara da Trofa satisfeito com anúncio do primeiro-ministro. Obras devem começar ainda este ano

Foto
Boa parte do tráfego da EN14 é de pesados de mercadorias. Variante pode resolver este problema Renato Cruz Santos

No último sábado, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, visitou Vila Nova de Famalicão, Trofa e Maia, e anunciou a construção de uma alternativa à EN14, artéria que atravessa estes três concelhos. O projecto, que custará cerca de 36 milhões de euros, inclui uma circular à Trofa e a construção de uma nova ponte sobre o rio Ave.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

No último sábado, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, visitou Vila Nova de Famalicão, Trofa e Maia, e anunciou a construção de uma alternativa à EN14, artéria que atravessa estes três concelhos. O projecto, que custará cerca de 36 milhões de euros, inclui uma circular à Trofa e a construção de uma nova ponte sobre o rio Ave.

"O passado sábado foi um dia histórico, cumprindo uma promessa que foi feita há mais de 20 anos, ainda a Trofa pertencia ao concelho de Santo Tirso [tornou-se concelho em 1998]. Esta nova via surge como um acto de justiça para com esta região, que merece, há muito tempo, esta solução, adequada e viável, que não compromete o futuro e que representa uma mudança e uma melhoria histórica", referiu esta segunda-feira à Lusa Sérgio Humberto.

O autarca da Trofa destacou o envolvimento neste projecto de entidades como a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a Estradas de Portugal, bem como os municípios abrangidos, considerando que esta variante será "vital" para o "crescimento e desenvolvimento da economia nacional".

Dados da autarquia da Trofa indicam que o eixo rodoviário Famalicão Trofa/Maia envolve 28 zonas industriais que empregam mais de 128 mil trabalhadores e apresentam um volume médio de negócios superior a 11,5 mil milhões de euros e um volume de exportações superior a três mil milhões de euros.

"Esta variante à EN14 é para servir as nossas empresas que vão conquistar competitividade e acessibilidade, e as nossas populações que vão ganhar qualidade de vida, com este novo traçado a efectuar a redistribuição do tráfego de mercadorias de forma mais eficiente, libertando a actual estrada para o tráfego ligeiro", descreveu Sérgio Humberto. Atualmente a EN14 é atravessada diariamente por cerca de 30 mil veículos, nomeadamente pesados, com constantes estrangulamentos.

Esta via deve começar a ser construída no terceiro trimestre de 2015 para estar pronta em 2017. "Realista" foi como o presidente da autarquia da Trofa adjetivou o projecto, quando confrontado com o facto de uma solução inicial, trabalhada pelo anterior Governo, apontar para uma variante, com perfil de autoestrada, que custaria 190 milhões de euros.

O autarca prometeu, no entanto, "não esquecer outra das reivindicações antigas da população" deste concelho do distrito do Porto: "a necessidade urgente da extensão do metro até à Trofa, para servir as freguesias que ficaram sem o comboio da via estreita, em 2002", concluiu.