Graça Mendes Pinto reconduzida como directora do Museu da Música
Conservadora iniciou a carreira nos domínios da museologia em 1984, no Palácio Nacional da Ajuda.
De acordo com o despacho da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), a directora, que se encontrava no museu desde Fevereiro do ano passado em regime de substituição, foi agora nomeada em comissão de serviço por um período de três anos, renovável.
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De acordo com o despacho da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), a directora, que se encontrava no museu desde Fevereiro do ano passado em regime de substituição, foi agora nomeada em comissão de serviço por um período de três anos, renovável.
Ainda segundo o mesmo despacho, a designação surge na sequência do resultado de um concurso público de recrutamento para o cargo. "Cumpridos todos os formalismos legais e concluídos os processos de selecção, o júri do procedimento concursal propôs a nomeação da candidata Graça Mendes Pinto, por reunir os requisitos legais e específicos exigidos e ter demonstrado possuir o perfil adequado e as competências necessárias para o desempenho do cargo", lê-se no documento.
Graça Maria de Resende Mendes Pinto de Drummond Ludovice pertence à carreira técnica superior dos quadros de pessoal da DGPC. Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1981), fez uma pós-graduação em Museologia e Conservação no Instituto Português do Património Cultural (IPM), em 1984. Iniciou actividade profissional em Lisboa, como professora do ensino preparatório, e, em 1984, tornou-se conservadora no museu do Palácio Nacional da Ajuda, cargo que desempenhou durante dez anos, ingressando em 1994 nos serviços centrais do IPM.
Em 1998, Graça Mendes Pinto foi requisitada pela Fundação Centro Cultural de Belém (CCB) para exercer as funções de conservadora-museóloga na direcção do Centro de Exposições, onde esteve cinco anos, regressando ao IPM para fazer assessoria à direcção. Em 2007, foi nomeada coordenadora da Galeria do Rei D. Luís I no Palácio Nacional da Ajuda e, desde Fevereiro de 2014, desempenhava, em regime de substituição, as funções de directora do Museu da Música.
Graça Mendes Pinto substituiu neste cargo Maria Helena Ferraz Trindade, que deixou a direcção por motivos de aposentação, depois de ter dirigido o Museu da Música ao longo de vinte anos.
Este museu foi criado em 1946, encontra-se instalado num espaço provisório desde 1994, na estação de Metro do Alto dos Moinhos, disponibilizado pelo Metropolitano de Lisboa. A Secretaria de Estado da Cultura tem em curso um projecto de transferência do museu para o Palácio Nacional de Mafra e, ainda este ano, está previsto o lançamento dos concursos internacionais para realizar as obras de adaptação do espaço ao acolhimento do acervo.
O Museu da Música detém um acervo com cerca de 1.400 instrumentos, entre eles, os cravos de Joaquim José Antunes (1758) e de Pascal Taskin (1782), o piano Boisselot, que o compositor e pianista Franz Liszt trouxe a Lisboa, em 1845, e o violoncelo de Antonio Stradivari, que pertenceu ao rei D. Luís I.