Rua de Santos Pousada no Porto de cara lavada à boleia das águas pluviais

Câmara do Porto espera acabar com inundações no Campo 24 de Agosto com duplicação da capacidade do colector. Obra vai durar 16 meses.

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A faixa de rodagem para automóveis de Santos Pousada vai reaparecer em alcatrão para diminuir o ruído Maria João Gala

Vão ser 16 os meses, contados depois das festas de São João, em que uma das ruas estruturantes do Porto, e outras na sua confluência, vão estar em obras. Nada acontecerá, contudo, em simultâneo. Toda a área de intervenção foi dividida em 13 troços, e em cada um deles prevê-se que a intervenção no subsolo e à superfície dure em média três meses. A excepção é Fernandes Tomás, onde a obra vai demorar cinco meses e, por isso mesmo, foi calendarizada para ter início em Fevereiro de 2016, para não afectar o acesso à Baixa no período de Natal.

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Vão ser 16 os meses, contados depois das festas de São João, em que uma das ruas estruturantes do Porto, e outras na sua confluência, vão estar em obras. Nada acontecerá, contudo, em simultâneo. Toda a área de intervenção foi dividida em 13 troços, e em cada um deles prevê-se que a intervenção no subsolo e à superfície dure em média três meses. A excepção é Fernandes Tomás, onde a obra vai demorar cinco meses e, por isso mesmo, foi calendarizada para ter início em Fevereiro de 2016, para não afectar o acesso à Baixa no período de Natal.

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Esta é uma das empreitadas mais importantes da Águas do Porto, segundo o presidente desta empresa municipal, Matos Fernandes. Vai custar 3,4 milhões de euros, no máximo, e a autarquia espera conseguir ainda financiamento comunitário para cobrir uma parte do investimento. Que vai realizar-se de qualquer forma, dada a saúde financeira da empresa responsável pelo abastecimento de água, garantiu o presidente do município, Rui Moreira.

A Águas do Porto vai mexer nas tubagens de esgoto, de abastecimento de água e de águas pluviais, devido ao mau estado em que as várias redes se encontram. Na zona passam várias ribeiras, cujo percurso foi afectado pelas obras do metro, que ali passa no subsolo, e para acomodar a força das águas - que nos dias de maior pluviosidade tem, nos últimos anos, provocado inundações a confluir para o Campo de 24 de Agosto - os colectores de 1,2 metros de diâmetro vão ser substituídos por outros com uma secção de dois metros.

Com isto, acredita Matos Fernandes, o problema das inundações deve ficar resolvido, pois a capacidade da rede foi calculada para os picos de pluviosidade registados nos últimos anos. Além disso, a jusante desta intervenção, na direcção do rio Douro, está a ser feita já uma obra que garantirá que, resolvido o problema a montante, em Santos Pousada, a água não vai criar problemas noutro ponto mais baixo da cidade.

À boleia desta obra da Águas do Porto, os serviços da Via Pública e do Ambiente desenvolveram, com recursos internos da autarquia, um projecto de reabilitação urbana da superfície destes dois quilómetros de ruas que vão ser esventrados. E as mudanças, por aquilo que foi apresentado esta segunda-feira não vão ser de pormenor. Com elas, o presidente da câmara espera tornar esta zona da cidade “mais confortável” para quem ali vive a atrair projectos de reabilitação urbana para o edificado, muito dele devoluto.

Actualmente em cubos de granito, a faixa de rodagem para automóveis de Santos Pousada vai reaparecer em alcatrão, para diminuir o ruído, uma das queixas dos moradores que a câmara pretende resolver, notou Rui Moreira. O espaço para os carros circularem vai ser estreitado em favor dos passeios, que serão mais largos, de modo a que o mobiliário urbano e as cerca de 50 árvores que vão ser plantadas não impeçam a mobilidade dos peões e das pessoas com dificuldades de locomoção.

As árvores a plantar serão de várias espécies, incuindo faias e bordos, e entre elas haverá um jacarandá, que ficará perto da Junta de freguesia do Bonfim. Em alguns pontos serão colocados bancos, junto de árvores, criando pequenas zonas de descanso, explicou a vereadora da mobilidade, Cristina Pimentel. Por toda a área de intervenção serão colocadas caldeiras para as árvores, redefinidos espaços de estacionamento, alterada a localização das passadeiras e enterrados os contentores de lixo.

A iluminação pública vai ser reformulada, passando para a tecnologia LED, e reforçada nas áreas com passadeiras. Nestes pontos serão ainda colocados semáforos. Dada a largura da rua e o seu carácter estrutural (é alternativa à Avenida de Fernão de Magalhães) para o trânsito automóvel, não está prevista a definição de qualquer faixa para bicicletas, justificou a vereadora da mobilidade.