MBA conjunto da Nova e da Católica já está entre os 40 melhores do mundo

The Lisbon MBA é o único programa português no ranking do Financial Times e subiu 16 posições na tabela de 2015. Mais de 30% dos alunos são estrangeiros.

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Cerca de um terço dos estudantes do programa são estrangeiros Rui Gaudêncio

Anabela Possidónio, directora-executiva do Lisbon MBA, diz que a pontuação subiu em quase todos os critérios utilizados para escolher os melhores, mas destaca o indicador que mede a percentagem de aumento de ordenado depois de o aluno ter concluído o programa. Em comparação com 2014, “quase duplicou” para os 97% de incremento salarial, comenta. A título de exemplo, um aluno que tenha feito o MBA português ganha em média 122.334 dólares anuais (108.597 euros). Em Harvard, o salário auferido é de 180.183 dólares (159.843 euros).

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Anabela Possidónio, directora-executiva do Lisbon MBA, diz que a pontuação subiu em quase todos os critérios utilizados para escolher os melhores, mas destaca o indicador que mede a percentagem de aumento de ordenado depois de o aluno ter concluído o programa. Em comparação com 2014, “quase duplicou” para os 97% de incremento salarial, comenta. A título de exemplo, um aluno que tenha feito o MBA português ganha em média 122.334 dólares anuais (108.597 euros). Em Harvard, o salário auferido é de 180.183 dólares (159.843 euros).

“Outra variável com um crescimento significativo é a progressão de carreira, que passou do 38º lugar para o 14º. Também subimos ligeiramente no critério da experiência internacional do curso, o que significa que não só os nossos alunos têm funções em empresas de maior dimensão, como noutras geografias”, continua.

Este é o único ranking do FT em que não há competição entre as duas escolas portuguesas. A Nova e a Católica disputam, taco a taco, outras classificações elaboradas pelo jornal económico, mas uniram esforços, em 2009, para criar um programa internacional, em parceria com a Sloan School of Management, uma das faculdades do MIT (Massachusetts Institute of Technology). A presença do The Lisbon MBA nas tabelas do FT tem impacto directo em futuras posições (individuais) das escolas de gestão, nomeadamente no ranking global, que elege as melhores instituições e é publicado no final do ano.

“Esta avaliação deixa-nos muito optimistas em relação à avaliação da escola no ranking global que será conhecido em Dezembro”, comenta José Ferreira Machado, director da Nova SBE. Também Francisco Veloso, director da Católica Lisbon, acredita que este “excelente resultado abre imediatamente perspectivas de subida no ranking geral”, embora “isso vá naturalmente depender da performance nas restantes áreas que irão ser avaliadas ao longo do ano”.

Um dos impactos mais imediatos da evolução do The Lisbon MBA na tabela é a captação de alunos estrangeiros. O programa da Nova e da Católica tinha cerca de 35% de estudantes internacionais no ano lectivo passado, percentagem que diminuiu ligeiramente este ano. Anabela Possidónio adianta que o objectivo para 2015 é aumentar o peso dos estrangeiros e as geografias alvo são a América Latina (Colômbia e Peru, em concreto), e a Europa, nomeadamente Alemanha, Bélgica e Luxemburgo. “A Índia também é um mercado de MBA”, acrescenta.

Apesar da diminuição de alunos internacionais, que não quantificou, Anabela Possidónio sublinha que, este ano lectivo, o Lisbon MBA atraiu mais mulheres, um objectivo da direcção. “Tradicionalmente, as turmas têm entre 20 a 25% de mulheres e, este ano, temos 35%. Não há mais porque a média de idades (30 anos) coincide muitas vezes com alturas da vida em que as mulheres fazem opções familiares”, explica.

Francisco Veloso acredita que a “iniciativa ímpar em Portugal” de um programa de formação conjunto está a ser cada vez mais reconhecida lá fora. E isso “atrai mais e melhores alunos”. O programa fica “ainda mais sólido e projecta melhor os alumni no seu futuro percurso profissional”, afirma. “Este ciclo virtuoso é fundamental para continuar o desenvolvimento e afirmação do The Lisbon MBA no contexto internacional, que é o nosso desígnio”, argumenta. 

Ferreira Machado, que em Março deixará de ocupar o cargo de director da Nova, não tem dúvida de que o destaque conseguido no ranking do FT é um sinal de “excelência do ensino superior português”.

A Harvard Business School continua a ocupar o primeiro lugar na lista de 2015 e é seguida da London Business School e da Wharton. Os Estados Unidos dominam as doze primeiras posições, com um total de sete escolas. Espanha tem duas instituições no topo: a Iese Business School (em 7º) e a IE Business School (12º).