Filipe Pereira: “Quero muito chegar à selecção”
Entrevista com o terceira-linha do CDUL, que neste sábado vai defrontar os russos do Enisei na qualificação para a Challenge Cup
Na época passada foi uma figura secundária no plantel do CDUL e era ainda um nome pouco conhecido para a maioria dos adeptos de râguebi em Portugal, mas isso já faz parte do passado. Filipe Pereira tem sido um dos jogadores em destaque no campeonato nacional e depois de conquistar um lugar entre os mais influentes do plantel dos “universitários”, o terceira linha foi considerado o melhor dos lisboetas no passado fim-de-semana, em Itália, contra o Mogliano Rugby. Há dois anos no CDUL, Filipe Pereira não esconde que a chamada à selecção nacional está nos seus horizontes, mas neste sábado será ao serviço do seu clube que espera provocar “uma surpresa” contra os russos do Enisei, no jogo de qualificação para a Challenge Cup.
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Na época passada foi uma figura secundária no plantel do CDUL e era ainda um nome pouco conhecido para a maioria dos adeptos de râguebi em Portugal, mas isso já faz parte do passado. Filipe Pereira tem sido um dos jogadores em destaque no campeonato nacional e depois de conquistar um lugar entre os mais influentes do plantel dos “universitários”, o terceira linha foi considerado o melhor dos lisboetas no passado fim-de-semana, em Itália, contra o Mogliano Rugby. Há dois anos no CDUL, Filipe Pereira não esconde que a chamada à selecção nacional está nos seus horizontes, mas neste sábado será ao serviço do seu clube que espera provocar “uma surpresa” contra os russos do Enisei, no jogo de qualificação para a Challenge Cup.
Como começou a jogar râguebi e qual o seu percurso até chegar ao CDUL?
Comecei por influência do João Júnior, que é meu primo, e também jogou no CDUL. Sempre me chateou para jogar e depois de experimentar no Belas, com 15 anos, gostei e continuei. Aos 18 anos comecei a jogar o campeonato de seniores pelo Benfica onde fiquei até aos 21, quando me mudei para o CDUL.
Mudou-se para o CDUL por algum motivo?
Já conhecia alguns jogadores, como o João Lino, o Francisco Appleton, o Duarte Foro ou o Sebastião Villax, que são da minha geração. Mas quem influenciou mais foi o Veltioven Tavares que, tal como o João Júnior, me deu sempre boas referências do CDUL.
Esta época tem sido quase sempre titular. Como é que foi esta ascensão?
Ainda não me considero um titular, até porque não tenho assim tanto tempo para treinar como queria. Aplico-me treino a treino para ver se consigo no final da semana fazer parte dos 23 convocados. Tenho tido a sorte de fazer parte desses 23 e seja a titular ou a entrar na segunda parte, acabo sempre por jogar. Tento é sempre treinar bem para agradar ao treinador.
O que espera do jogo contra os russos do Enisei. Quais as dificuldades que esta equipa vai colocar ao CDUL?
Teoricamente as equipas de Leste são mais aguerridas e mais violentas. Espero um duelo mais agressivo e devem vir com um pack avançado pesado. Temos que estar preparados para defender e esse é um estilo de jogo que gosto muito. Se cumprirmos o nosso modelo de jogo podemos conseguir criar uma surpresa e vencer. Estamos todos com essa vontade, já que não conseguimos ganhar em Itália.
Já jogou nas selecções jovens. Ser um Lobo é a próxima meta?
Sim, como qualquer jogador português tenho a ambição de jogar na selecção nacional. Este ano que passou estive relativamente perto e quero mostrar que estou apto e que consigo chegar lá. Quero muito chegar à selecção. Tenho feito alguns treinos, mas ainda não cheguei à convocatória final.
Que referências tem no râguebi nacional e internacional?
Os vídeos que eu vejo sempre, de inspiração, são do Tendai Mtawarira, o pilar da Africa do Sul. A nível nacional gosto de alguns jogadores que trabalharam muito para chegarem onde estão, caso do Vasco Uva, do Gonçalo Foro ou do Tiago Girão. Dentro de campo, apesar de já não jogarmos há algum tempo, sempre me dei muito bem com o Veltioven Tavares [risos].