Programa do BCE não é suficiente para reactivar economia europeia, diz FMI

Largarde enalteceu plano de compra de dívida mas defendeu que é preciso manter as reformas estruturais

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FMI, presidido por Christine Lagarde, apresentou avaliação à sua actuação na zona euro Paul J. Richards/AFP

"Não creio que seja suficiente para relançar a actividade europeia e dar apoio ao crescimento", afirmou Christine Lagarde, numa entrevista à televisão pública France 2. Lagarde acrescentou que "é um complemento muito importante, mas que além disso são necessárias reformas estruturais de fundo que ajudem a melhorar a competitividade estrutural de um certo número de economias".

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"Não creio que seja suficiente para relançar a actividade europeia e dar apoio ao crescimento", afirmou Christine Lagarde, numa entrevista à televisão pública France 2. Lagarde acrescentou que "é um complemento muito importante, mas que além disso são necessárias reformas estruturais de fundo que ajudem a melhorar a competitividade estrutural de um certo número de economias".

Questionada sobre o tipo de reformas que são necessárias, deu como exemplo o projecto de lei do ministro da Economia francês, Emmanuel Macron, para liberalizar vários sectores, indicando também que "se viram verdadeiras reformas estruturais de fundo em Espanha e que também estão a começar a ser vistas em Itália".

A directora executiva do FMI considerou "espectacular" a forma como o BCE geriu a comunicação sobre o seu plano de compras de 60 mil milhões de euros mensais em dívida pública e privada porque "o volume surpreendeu o mercado" e porque a operação "foi bem explicada".

Agora, destacou, a questão é se os bancos "vão ter suficiente confiança para dar empréstimos, se os particulares vão ter confiança para gastar e se as empresas vão ter confiança para investir".

Para que tudo isso funcione, argumentou, "a palavra capital é a confiança e a certeza" de todos esses atores num contexto fiscal e económico previsível e favorável às suas decisões. <_o3a_p>