Nada acontece por acaso. Nada.
Os retrocessos civilizacionais não acontecem por acaso e nós não andamos por esta Terra assim há tanto tempo para nos acharmos no direito de um lugar ao sol
Nada acontece por acaso. Nada. Não se morre em Francês por acaso e não te fecham as fronteiras por acaso. Não perdes o emprego por acaso e não passas fome por acaso. Não se fazem guerras por acaso e não se aumenta o preço da gasolina por acaso.
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Nada acontece por acaso. Nada. Não se morre em Francês por acaso e não te fecham as fronteiras por acaso. Não perdes o emprego por acaso e não passas fome por acaso. Não se fazem guerras por acaso e não se aumenta o preço da gasolina por acaso.
Os retrocessos civilizacionais não acontecem por acaso e nós não andamos por esta terra assim há tanto tempo para nos acharmos no direito de um lugar ao sol. Porque nada acontece por acaso e há quem pense em como dois ponto cinco milhões de anos de evolução e tecnologia não chegam para alimentar todas as bocas do mundo. Nada acontece por acaso.
Não ouves música por acaso e não fazes amor por acaso. Não corres por acaso e não te casas por acaso, não tens filhos por acaso e não cultivas as rugas ao acaso, não nasces por acaso e não morres por acaso, para cada acção uma reacção, por cada beijo um abraço, por cada empurrão uma chapada, e por cada arma a mesma certeza de uma mão cheia de balas a fazer as vezes da tua mão, do teu braço e do teu regaço, os quais não sei mais onde moram.
Saberás tu dizê-lo? Porque se para tudo há um porquê e uma razão de ser, custa-me perceber essa ignorância e esses medos cujas dimensões ganham recrudescimento nesta Europa que nos viu pela primeira vez e que nos há-de comer por fim.
Custa-me perceber a incompreensão, mas percebo facilmente a falta de educação e os esforços milionários no sentido da mesma, porque quem não sabe, não pensa, e quem não pensa, não escreve, e quem não escreve obedece, e mal maior não existe para além daquele que se encontra nas páginas de um livro, mal maior não há para além desta capacidade de leitura e rutura, e pior que ler, só mesmo escrever, e mais para além de dar ideias só mesmo tê-las, às ideias, e distribuí-las, assim mesmo, ao desbarato para quem quiser e a troco de nada, a troco de tudo, em favor da liberdade de sonhar mas também dormir no sono sem sobresaltos das crias e das crianças quando uma mãe nos tem amor.
Nada acontece por acaso, a ignorância não acontece por acaso, o teu telemóvel com gêpêésse não acontece por acaso e a polícia não te prende por acaso. Nada acontece por acaso, apenas a mitose e a meiose que te fizeram acontecem por acaso, mais o espermatozóide do teu pai e o óvulo da tua mãe e o acaso fortuito do destino, o qual não só os juntou, aos teus pais, mas também os fez (e por aí fora). Nada acontece por acaso: tu és a excepção à regra.
Tu, e mais seis mil mil milhões de almas cujo mero burburinho muda o destino da História, para já não falar se saltarem todos ao mesmo tempo... Seis mil milhões de excepções à regra cuja obrigação única é serem livres... e ainda dizia eu, mãe minha, não gostar da Matemática...