Bárcenas sai da prisão e tenta acalmar o PP
Após de 19 meses na prisão, o ex-tesoureiro do partido espanhol pagou uma fiança de 200 mil euros.
Ao fim de 19 meses, Luis Bárcenas saiu da prisão de Soto del Real, em Madrid, onde esteve por suspeita dos crimes de corrupção e financiamento ilegal enquanto tinha funções no partido conservador. Passava pouco das 20h30 (menos uma em Portugal continental) quando o ex-tesoureiro foi autorizado a abandonar o estabelecimento prisional.
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Ao fim de 19 meses, Luis Bárcenas saiu da prisão de Soto del Real, em Madrid, onde esteve por suspeita dos crimes de corrupção e financiamento ilegal enquanto tinha funções no partido conservador. Passava pouco das 20h30 (menos uma em Portugal continental) quando o ex-tesoureiro foi autorizado a abandonar o estabelecimento prisional.
As primeiras palavras de Bárcenas foram dirigidas ao seu partido. “O PP não tem nada a temer de mim. Acho que é o partido que deve governar Espanha, outra coisa é que eu tenha discrepâncias, mas as responsabilidades temos que as assumir todos”, disse ainda, citado pelo El País.
À sua espera estava a sua família que nos últimos meses se mobilizou para juntar os 200 mil euros necessários para pagar a fiança de Bárcenas. A partir de agora, o antigo responsável pelas finanças dos conservadores terá de se apresentar na procuradoria junto do juiz Pablo Ruz três vezes por semana, para além de ter visto o seu passaporte confiscado e estar impedido de sair de Espanha.
A Secção de Anticorrupção da Procuradoria pede 42 anos de prisão para Bárcenas, que acusa de ter ocultado em contas na Suíça uma fortuna no valor de 48,2 milhões de euros. A investigação que implicou Bárcenas abrange uma série de personalidades ligadas ao PP no chamado caso Gürtel.
O Partido Popular, actualmente no poder, tem tentado descolar-se das suspeitas de que durante vários anos tenha existido um financiamento paralelo no interior do partido, pelo qual Bárcenas seria o grande responsável. “Esta pessoa já não está há muito tempo no PP”, disse recentemente o primeiro-ministro espanhol e líder dos conservadores, Mariano Rajoy.