Estado coloca dívida pública de curto prazo à taxa mais baixa de sempre

Emitidos 1240 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro, numa operação com forte procura.

Foto
Cristina Casalinho é a presidente do IGCP Daniel Rocha

O instituto liderado por Cristina Casalinho fez ainda outra emissão de BT, a um ano, no montante de 940 milhões de euros, a uma taxa de 0,22%, a segunda taxa mais baixa de sempre.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O instituto liderado por Cristina Casalinho fez ainda outra emissão de BT, a um ano, no montante de 940 milhões de euros, a uma taxa de 0,22%, a segunda taxa mais baixa de sempre.

A procura das duas emissões foi muito elevada, ficando 2,6 vezes acima da oferta nos BT a seis meses e a 1,99  vezes no prazo de 12 meses.

Filipe Silva, director da gestão de activos do Banco Carregosa, considera que o resultado da emissão é muito positivo. “É uma boa notícia para o país, conseguir financiar-se a taxas tão baixas”, sustenta.

O montante colocado saiu um pouco acima do pretendido (entre 750 milhões de euros e 1000 milhões). Filipe Siva explica que se reduziram as alternativas para os investidores que estão confrontados com o facto de as obrigações alemãs a dez anos estarem a pagar, actualmente, 0,4% e as de cinco anos a serem colocadas com taxa negativa.

“Estas taxas tão baixas são, ainda, um incentivo ao pagamento antecipado do empréstimo da troika. Faz sentido, como tem sido discutido publicamente, o país financiar-se no mercado a taxas historicamente baixas para amortizar antecipadamente a ajuda externa”, defende Filipe Silva.