BCE discute compra de 50 mil milhões de dívida por mês
Proposta foi feita pelo conselho executivo do banco central aos governadores e será discutida nesta quinta-feira.
De acordo com o The Wall Street Journal e com a Bloomberg, o conselho executivo do BCE (do qual fazem parte seis dos 25 membros do conselho de governadores, incluindo o presidente e o vice-presidente) está a propor aos restantes governadores que o banco central comece a partir do próximo mês de Março a comprar dívida pública ao ritmo de 50 mil milhões de euros por mês. A informação, diz a Bloomberg, foi fornecida por dois membros de bancos centrais da zona euro que não são identificados.
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De acordo com o The Wall Street Journal e com a Bloomberg, o conselho executivo do BCE (do qual fazem parte seis dos 25 membros do conselho de governadores, incluindo o presidente e o vice-presidente) está a propor aos restantes governadores que o banco central comece a partir do próximo mês de Março a comprar dívida pública ao ritmo de 50 mil milhões de euros por mês. A informação, diz a Bloomberg, foi fornecida por dois membros de bancos centrais da zona euro que não são identificados.
As compras decorreriam pelo mínimo de um ano e possivelmente até ao final de 2016. No total, a injecção de dinheiro na economia poderia ascender aos 1,2 biliões de euros.
Este número fica acima das expectativas gerais dos analistas, que têm vindo a apontar para uma intervenção do BCE situada entre 500 e 750 mil milhões de euros.
A proposta será agora discutida entre os 25 membros do conselho de governadores e a decisão será divulgada nesta quinta-feira ao início da tarde, através de uma conferência de imprensa do presidente do BCE, Mario Draghi.
Não foram dadas para já informações adicionais sobre qual é a proposta do conselho executivo para o tipo de títulos de dívida que irão ser comprados, nem sobre se será o BCE ou os bancos centrais nacionais que irão proceder à compra. Nas últimas semanas, foi noticiado que em cima da mesa das negociações estava um programa de compra de títulos em que o risco era assumido pelos bancos centrais nacionais, o que, a confirmar-se, constitui uma cedência face às preocupações reveladas pelos representantes alemães no BCE.
Terá sido ainda colocada a hipótese de as compras serem apenas de títulos com rating AAA, o que deixaria de fora os títulos dos países periféricos como Portugal.