PS diz que novos negócios estão a redinamizar centro histórico de Coimbra

Já não faz sentido separar a Alta e a Baixa de Coimbra, defende socialista

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"A atitude inovadora" adoptada por alguns empresários, que "resistem nestes tempos de grandes dificuldades", está a "contagiar" outros investidores e a redinamizar o comércio e serviços no centro histórico de Coimbra, sustentou o dirigente e deputado socialista.

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"A atitude inovadora" adoptada por alguns empresários, que "resistem nestes tempos de grandes dificuldades", está a "contagiar" outros investidores e a redinamizar o comércio e serviços no centro histórico de Coimbra, sustentou o dirigente e deputado socialista.

Rui Duarte falava esta terça-feira, durante uma conferência, depois de, na companhia dos presidentes da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC) e da Associação para o Desenvolvimento da Alta de Coimbra (ADAC), ter efectuado "uma visita de trabalho a quatro estabelecimentos comerciais" daquela zona da cidade.

O fenómeno deve-se ao dinamismo de alguns investidores, mas também à intervenção da Câmara Municipal, que tem vindo a adoptar medidas de incentivo à fixação de negócios nesta área da cidade, como a isenção da derrama para as empresas com volumes de negócio inferiores a 150 mil euros por ano.

Além disso, a Câmara "tem em curso pequenas revoluções urbanísticas" nesta área da cidade, como a reabilitação do Terreiro da Erva (local onde decorreu a conferência de imprensa), a abertura da via central e a ligação entre a Alta e Baixa da cidade através do Jardim Botânico, exemplificou Rui Duarte. "Deixou de fazer sentido qualquer divisão entre Alta, Baixa e Baixinha", disse o presidente da APBC, defendendo que "há um centro histórico" que deve, cada vez mais, ser encarado, a todos os níveis, como um conjunto coerente.

"Alta e Baixa como unidades fundamentais tiveram funções diferentes, mas hoje não faz sentido distingui-las" e não apenas pela classificação de grande parte desta zonas como Património Mundial da Humanidade, sustenta o presidente da ADAC, Carlos Veiga.

"Estes novos negócios expressam bem que já há movimento [nesta área] da cidade", que o investimento aqui pode ser rentável, conclui Carlos Veiga, alertando que o comércio não basta para fazer ressurgir a zona histórica da cidade. É preciso continuar a criar condições para que as pessoas voltam a residir ali, salienta.

Mas não basta ser criativo e ter boas ideias de negócio, defende Gonçalo Olaio, de 28 anos de idade, cabeleireiro desde há três anos no Terreiro da Erva. "É fundamental", por exemplo, adoptar horários de funcionamento que respondam aos interesses dos clientes, adverte, considerando que o comércio e serviços não podem encerrar ao sábado à tarde, como ainda sucede na maior partes dos estabelecimentos da zona histórica de Coimbra.

Além do Hell's Cut (cabeleireiro), os dirigentes socialista e da ADAC e da APBC também visitaram Portugal In Alta (produtos regionais portugueses), Fangas (restaurante de tapas/mercearia/bar) e NRTB Arquitectos (atelier de arquitectura).