Na Irlanda, muitos ainda não sentem a recuperação, admite Lagarde
Directora-geral do FMI termina visita a Dublin. O desemprego está a baixar, mas ainda é muito elevado, sublinha Lagarde.
O diagnóstico foi feito pela directora-geral do FMI – uma das instituições que compõem a troika, a par da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu – no final de uma visita a Dublin, onde foi recebida ao mais alto nível pelo primeiro-ministro, Enda Kenny, o número dois do Governo, Joan Burton, o ministro das Finanças, Michael Noonan, e o governador do banco central irlandês, Patrick Honohan.
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O diagnóstico foi feito pela directora-geral do FMI – uma das instituições que compõem a troika, a par da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu – no final de uma visita a Dublin, onde foi recebida ao mais alto nível pelo primeiro-ministro, Enda Kenny, o número dois do Governo, Joan Burton, o ministro das Finanças, Michael Noonan, e o governador do banco central irlandês, Patrick Honohan.
Os “esforços” para implementar o programa da troika, que terminou em meados de Dezembro de 2013, foram “essenciais para a retoma económica da Irlanda”, afirmou Lagarde em comunicado, deixando uma palavra ao povo irlandês pelos “sacrifícios” que diz agora estarem a “dar frutos”.
Lagarde considera positivo que o antigo “tigre celta”, como era conhecida a economia irlandesa, tenha registado o maior crescimento da zona euro (6,5% no segundo trimestre em termos homólogos), salienta a redução das taxa de juro para mínimos históricos e a correcção do défice para um valor inferior a 3% em 2015. “Mais portante ainda, há criação de emprego. Dito isto, o desemprego continua a ser muito elevado e muitas pessoas ainda não sentem os efeitos da retoma”, sublinha Lagarde.
O andamento da economia e a correcção dos desequilíbrios orçamentais não serão suficientes para fazer baixar a dívida pública para um patamar inferior a 100% do PIB, mas um “orçamento equilibrado irá colocar a elevada dívida pública da Irlanda numa trajectória descendente”, acredita a directora-geral do FMI.
Para Lagarde, a posição orçamental equilibrada não vem potenciar uma “recuperação sustentada, garantindo a estabilidade financeira e reforçando a necessária confiança para investir e criar emprego”.