Cavaco recebe presidente dos Açores para analisar situação da Base das Lajes
Vasco Cordeiro considera que é um assunto a tratar entre o Estado português e o Governo dos EUA.
Cordeiro, que também solicitou uma audiência ao primeiro-ministro, com carácter de urgência, considera que a decisão dos EUA de reduzir os efectivos militares da Base das Lajes ao longo deste ano representa uma “monumental bofetada na cara do Estado português”. “O desfecho já é conhecido, importa agora passar das palavras aos actos”, afirmou o governante açoriano, depois de terem sido reveladas as conclusões do relatório do Departamento de Defesa dos EUA sobre a situação das bases militares dos EUA na Europa, que prevê uma redução de 500 efectivos militares na Base das Lajes.
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Cordeiro, que também solicitou uma audiência ao primeiro-ministro, com carácter de urgência, considera que a decisão dos EUA de reduzir os efectivos militares da Base das Lajes ao longo deste ano representa uma “monumental bofetada na cara do Estado português”. “O desfecho já é conhecido, importa agora passar das palavras aos actos”, afirmou o governante açoriano, depois de terem sido reveladas as conclusões do relatório do Departamento de Defesa dos EUA sobre a situação das bases militares dos EUA na Europa, que prevê uma redução de 500 efectivos militares na Base das Lajes.
Na sequência da divulgação deste relatório, Vasco Cordeiro reuniu-se com os presidentes das câmaras municipais de Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória, antes de ser recebido por Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho, recordando as recentes declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros sobre um eventual impacto negativo nas relações entre Portugal e os EUA consoante o desfecho que este assunto tivesse. “O Governo português não pode adiar durante muito mais tempo o accionamento de meios que possam ajudar a lidar com o impacto social e económico desta decisão dos EUA”, afirmou o líder açoriano, frisando que o Estado português “também não pode deixar de responsabilizar os EUA pela necessidade de ajudar a lidar com esse impacto social e económico”.
Segundo Cordeiro, “é essencial que se perceba que este não é um assunto entre o Governo dos Açores e os EUA. É um assunto entre o Governo da República Portuguesa e o Governo dos EUA e não pode a República Portuguesa beneficiar do acordo e agora não se chegar à frente naquilo que é a sua responsabilidade, não apenas de accionar os seus meios para fazer face a esta situação, como também o de chamar à responsabilidade quem durante 60 anos utilizou a Base das Lajes nos termos em que utilizou”.
Plano de revitalização
Vasco Cordeiro apresentou na sexta-feira aos presidentes das câmaras municipais da Praia da Vitória e de Angra do Heroísmo e da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo o Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira, que inclui medidas para as componentes laboral, económica, ambiental e de infra-estruturas, para dar resposta à significativa redução da presença militar na Base das Lajes.
O plano, que está em fase final de conclusão, tem uma componente relacionada com a força laboral que é afectada por esta decisão, nomeadamente na consideração que prevê para a situação dos trabalhadores portugueses, ao nível das reformas e dos casos em que existam casais que trabalham na base, entre outras.
Inclui, ainda, medidas que têm a ver com a componente da economia, mobilizando uma diferenciação positiva de taxas e sistemas de incentivos, assim como uma atenção especial à componente fiscal em todo este processo. Uma terceira área do plano está relacionada com a rentabilização das infra-estruturas, adiantou Cordeiro, apontando os exemplos de acções ligadas ao empreendedorismo previstas no documento, assim como para o aproveitamento destas infra-estruturas ao nível marítimo e aéreo.