EUA anunciam medidas de abertura a Cuba e isto tem a ver com charutos

Viajar para a ilha vai ser mais fácil e enviar mais dinheiro também, já a partir desta sexta-feira

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Chega ao fim a proibição americana quanto aos famosos charutos cubanos PEDRO ARMESTRE/AFP

A possibilidade de viajar para a ilha por diversos motivos sem uma autorização especial e o aumento (de 500 para dois mil dólares por trimestre) do valor das transferências fundos de imigrantes cubanos serão autorizadas por Washington, embora o embargo económico decretado contra Cuba em 1962 ainda tenha de ser levantado pelo Congresso dos Estados Unidos.

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A possibilidade de viajar para a ilha por diversos motivos sem uma autorização especial e o aumento (de 500 para dois mil dólares por trimestre) do valor das transferências fundos de imigrantes cubanos serão autorizadas por Washington, embora o embargo económico decretado contra Cuba em 1962 ainda tenha de ser levantado pelo Congresso dos Estados Unidos.

Os cidadãos americanos também ficam autorizados a utilizar cartões de crédito em Cuba e a exportação de alguma tecnologia por parte de empresas americanas será igualmente possível.

Os americanos que viajarem até Cuba também ficam autorizados a regressar aos EUA com álcool e tabaco no valor máximo de 100 dólares (no total, poderão levar para casa bens cubanos no valor de 400 dólares). Como escreve a BBC, isto significa o fim da proibição americana quanto aos famosos charutos cubanos.

“Este anúncio constitui uma etapa suplementar em direcção ao fim de um sistema que não funciona e à aplicação de medidas que apoiem a liberdade política e económica do povo cubano”, declarou o secretário do Tesouro, Jacob Lew, citado num comunicado.

O anúncio dos EUA surge depois de o Governo cubano ter informado oficialmente Washington no início da semana de que libertara 53 presos políticos, tal como os EUA tinham pedido, não como um requisito para as negociações, mas sim como um gesto de boa vontade.

Para a semana está marcado o primeiro encontro oficial entre os EUA e Cuba para negociar a normalização das relações diplomáticas entre os dois países, congeladas há mais de meio século. O encontro realiza-se quarta e quinta-feira em Havana e contará com a presença da secretária de Estado adjunta norte-americana, Roberta Jacobson.