Passos Coelho quer que consórcio de universidades do Norte sirva de exemplo
Consórcio UNorte.pt, que junta as universidades do Porto, do Minho e de Trás-os-Montes e Alto Douro, foi oficializado esta sexta-feira.
Pedro Passos Coelho salientou, no entanto, que para o projecto ter sucesso, as universidades precisam de se diferenciar, competindo mais entre si. “A competição não se faz apenas no território nacional mas num território global. Precisamos cada vez mais de atrair gente de fora para Portugal e de exportar uma parte do nosso conhecimento e da Ciência que aqui é produzida. Não podemos ter uma visão provinciana do que estamos a fazer”, avisou, notando ainda que as instituições têm de definir as regras para o projecto que querem desenvolver e que deve envolver as instituições da área empresarial, económica e cultural. Passos Coelho acrescentou que o quadro do Portugal 2020 será “decisivo” no sucesso deste protocolo, lembrando, contudo, que “é com os recursos que temos no nosso país que temos de contar para construir um caminho para o futuro”. No que concerne ao papel do Governo neste consórcio, o primeiro-ministro foi vago nas observações: “Nós queremos ser parceiros desta iniciativa mas não podemos esquecer onde nos movemos. A nossa colaboração será feita com uma grande ambição mas com grande sentido de realidade e pragmatismo”, adiantou.
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Pedro Passos Coelho salientou, no entanto, que para o projecto ter sucesso, as universidades precisam de se diferenciar, competindo mais entre si. “A competição não se faz apenas no território nacional mas num território global. Precisamos cada vez mais de atrair gente de fora para Portugal e de exportar uma parte do nosso conhecimento e da Ciência que aqui é produzida. Não podemos ter uma visão provinciana do que estamos a fazer”, avisou, notando ainda que as instituições têm de definir as regras para o projecto que querem desenvolver e que deve envolver as instituições da área empresarial, económica e cultural. Passos Coelho acrescentou que o quadro do Portugal 2020 será “decisivo” no sucesso deste protocolo, lembrando, contudo, que “é com os recursos que temos no nosso país que temos de contar para construir um caminho para o futuro”. No que concerne ao papel do Governo neste consórcio, o primeiro-ministro foi vago nas observações: “Nós queremos ser parceiros desta iniciativa mas não podemos esquecer onde nos movemos. A nossa colaboração será feita com uma grande ambição mas com grande sentido de realidade e pragmatismo”, adiantou.
Com esta união, as três universidades a Norte do Douro pretendem também conquistar prestígio internacional e aumentar a capacidade de captar financiamento externo a uma escala competitiva. Numa altura em que a regionalização e a reforma no sector está a tornar-se cada vez mais presente no discurso político, as universidades do Porto, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro deram as mãos com a convicção de que trabalhando juntas conseguirão mais resultados do que de forma isolada e, no caso específico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a única forma de travar a desertificação é trabalhar em rede. Com o início do novo quadro comunitário “este é o momento de aprofundar a cooperação entre os grandes polos de desenvolvimento da região”, lembrou o reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo.
Segundo o reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Fontaínhas Fernandes, “um dos maiores problemas que existe no interior é o esvaziamento demográfico e, consequentemente, das instituições de ensino, que tem levado à falta de massa crítica”. Para contrariar esta tendência, o reitor da UTAD, defende que é necessário “obrigatoriamente” trabalhar conjuntamente na promoção do Norte de Portugal “fixando mais e melhores estudantes, nacionais e internacionais, que não só venham para estudar mas que fiquem aqui a viver”. “Temos um pólo atrativo mas faltam pessoas”, lamenta. O ministro da Educação, Nuno Crato, garantiu que um dos grandes objectivos do Governo é atrair mais estudantes para o ensino universitário, lembrando as vantagens de ter um curso superior. “Temos programas destinados a atrair mais alunos que, de outra forma, não concorreriam ao ensino superior”, frisou.
O consórcio UNorte constitui-se, assim, nove meses depois da assinatura do memorando de entendimento entre as três instituições, no Porto, a 10 de Abril do ano passado, na sede da CCDR-N. Esta parceria vai preparar um plano de investimentos que visa o "desenvolvimento regional" nas "vertentes da economia, da cultura e social" e deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2015.