Salgado, Ricciardi e Carlos Costa vão ser chamados de novo a depor na AR

Anúncio foi feito pelo presidente da comissão de inquérito no final da audição do antigo contabilista do GES.

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Machado da Cruz (ao centro) responsabilizou directamente Ricardo Salgado pela "ocultação do passivo" no grupo Miguel Manso

A decisão foi comunicada no final da audição do antigo contabilista do Grupo Espírito Santo (GES), Francisco Machado da Cruz, que foi ouvido nesta quinta-feira à porta fechada durante perto de nove horas pelos deputados que integram a comissão.    

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A decisão foi comunicada no final da audição do antigo contabilista do Grupo Espírito Santo (GES), Francisco Machado da Cruz, que foi ouvido nesta quinta-feira à porta fechada durante perto de nove horas pelos deputados que integram a comissão.    

“Foi uma sessão de muitas horas, profícuas, com declarações com interesse para a descoberta dos factos”, disse Negrão no final dos trabalhos aos jornalistas que o aguardavam à saída da sala 6 da Assembleia. “Todas as perguntas foram respondidas” e “não vemos necessidade de voltar a chamar o Dr. Machado da Cruz”, acrescentou Negrão, sublinhando a relevância desta intervenção, tal como das anteriores, para o trabalho da comissão.

Francisco Machado da Cruz, o contabilista do GES que o ex-líder do Banco Espírito Santo (BES) acusou de ter manipulado as contas do grupo, foi ao Parlamento dizer que o conselho superior sabia de tudo e que a decisão de "ocultação do passivo" da Espírito Santo International não foi ideia sua, e sim de Salgado, "em 2008".

A audição de Machado da Cruz na AR foi a segunda em dois dias a decorrer sem a presença de jornalistas na sala, depois de na quarta-feira o antigo secretário do Conselho Superior do GES, José Castella, ter também invocado o regime do segredo de justiça para ser ouvido na mesma condição. Negrão avançou entretanto que na comissão de inquérito não deu entrada mais nenhum pedido de audiências à porta fechada.