Tivoli recorre a processo judicial para tentar recuperar empresa

Atraso da alienação do grupo devido à insolvência da Rioforte precipitou pedido de um Processo Especial de Revitalização.

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Grupo Tivoli tem 14 hotéis em Portugal e no Brasil NUNO FERREIRA SANTOS

Contactada pelo PÚBLICO, a empresa não quis adiantar pormenores, além do que divulgou através de um comunicado de imprensa. Nesse documento, Alexandre Solleiro, presidente executivo dos hotéis Tivoli, diz que já está “confirmado o apoio de uma instituição financeira”, que disponibilizou “uma linha de financiamento” para a empresa poder cumprir os compromissos “durante esta fase”. “As diferentes negociações em curso deverão permitir-nos concluir este processo com brevidade”, disse. O PER não vai afectar o funcionamento dos 14 hotéis em Portugal e no Brasil. A medida, lê-se no comunicado, “visa proteger as empresas”.

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Contactada pelo PÚBLICO, a empresa não quis adiantar pormenores, além do que divulgou através de um comunicado de imprensa. Nesse documento, Alexandre Solleiro, presidente executivo dos hotéis Tivoli, diz que já está “confirmado o apoio de uma instituição financeira”, que disponibilizou “uma linha de financiamento” para a empresa poder cumprir os compromissos “durante esta fase”. “As diferentes negociações em curso deverão permitir-nos concluir este processo com brevidade”, disse. O PER não vai afectar o funcionamento dos 14 hotéis em Portugal e no Brasil. A medida, lê-se no comunicado, “visa proteger as empresas”.

De acordo com o Publituris, site de informação especializado no sector do turismo, Alexandre Solleiro também enviou uma carta aos parceiros onde explica que o PER tem como objectivo “dar às empresas as condições para poderem continuar a operar com toda a normalidade, até que os constrangimentos de curto prazo estejam ultrapassados”. O CEO acredita que este procedimento vai permitir ao grupo pagar “as dívidas passadas com a brevidade desejada” e espera que as negociações em curso tenham um “desfecho positivo”.

“Neste contexto adverso e no sentido de impedir que a posição financeira altere a actividade operacional do Grupo Tivoli em Portugal, as administrações da Hotéis Tivoli, S.A. e da Marinotéis, S.A. decidiram requerer um PER para estas duas empresas, como forma de proteger os interesses das empresas, dos colaboradores, dos clientes e dos seus parceiros credores”, lê-se no comunicado aos parceiros, citado pelo Publituris. Na comissão de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo, o presidente do concelho de administração da Rioforte, Manuel Fernando Espírito Santo, confirmou que há interessados em comprar a cadeia hoteleira, mas qualquer decisão já não está nas mãos da empresa, em situação de insolvência.

O processo dos Hotéis Tivoli foi submetido em Lisboa no dia 26 de Dezembro e tem como credor a Rioforte Portugal SA. Já o da Marinotéis corre no tribunal de Olhão e foi submetido no mesmo dia. 

O PER é um processo especial, criado no Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas que permite às empresas em situação económica difícil ou em insolvência iminente, negociar com os seus credores. A intenção é revitalizar o negócio sem ter de fechar portas. Assim que o PER é instaurado e é nomeado um administrador judicial provisório estão impedidas acções contra a empresa para cobrança de dívidas. Enquanto a negociação durar, também se suspendem os processos deste género em curso.