Ir para Marte

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Luís Afonso, cartoonista do PÚBLICO António Carrapato

No dia em que pus o meu barman (que há mais de 20 anos se expressa livremente aqui no PÚBLICO) a manifestar o desejo de ir para Marte, por estar cansado do que acontece neste planeta, a sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo, em Paris, foi atacada barbaramente. À hora a que escrevo, estão confirmados 12 mortos. Um deles é Georges Wolinski, um dos primeiros cartoonistas que conheci e admirei. 

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No dia em que pus o meu barman (que há mais de 20 anos se expressa livremente aqui no PÚBLICO) a manifestar o desejo de ir para Marte, por estar cansado do que acontece neste planeta, a sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo, em Paris, foi atacada barbaramente. À hora a que escrevo, estão confirmados 12 mortos. Um deles é Georges Wolinski, um dos primeiros cartoonistas que conheci e admirei. 

Não consigo compreender como se pode matar alguém pelo que diz, canta, escreve ou desenha. Não é um cenário do século XXI, mais parece da Idade Média. Mas de uma Idade Média 2.0,  “high tech”, onde os intolerantes têm muito mais capacidade destruidora. O mundo, cada vez mais formatado para o homem, é cada vez mais desumano. Uma contradição? Se calhar não, o que é mais preocupante.

Marte é um planeta demasiado perto.

Cartoonista do PÚBLICO