PT SGPS diz-se disponível para colaborar com as autoridades no caso Rioforte
Empresa foi alvo de buscas na sequência de uma investigação sobre os investimentos de 900 milhões de euros na Rioforte.
Durante todo o dia, estiveram nas instalações da PT SGPS (que são partilhadas com a PT Portugal) elementos da Polícia Judiciária com o objectivo de apreender, entre outros documentos, o relatório de auditoria forense encomendado pela holding à PwC para apurar quem sabia e quem autorizou os investimentos ruinosos de 900 milhões de euros da PT no Grupo Espírito Santo (GES). A auditoria terá constatado que a PT chegou a endividar-se para financiar o GES.
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Durante todo o dia, estiveram nas instalações da PT SGPS (que são partilhadas com a PT Portugal) elementos da Polícia Judiciária com o objectivo de apreender, entre outros documentos, o relatório de auditoria forense encomendado pela holding à PwC para apurar quem sabia e quem autorizou os investimentos ruinosos de 900 milhões de euros da PT no Grupo Espírito Santo (GES). A auditoria terá constatado que a PT chegou a endividar-se para financiar o GES.
O relatório foi apresentado no final de Novembro ao conselho de administração da PT SGPS, mas a versão final ainda não está concluída e ainda não foi entregue à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), apesar de o regulador do mercado de capitais já o ter pedido por diversas vezes.
As buscas, ordenadas a 23 de Dezembro pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal Carlos Alexandre, decorreram no âmbito de um inquérito aberto por suspeitas de participação económica em negócio e burla qualificada e foram motivadas por uma comunicação da CMVM. Não houve constituição de arguidos, mas foram apreendidos vários documentos e material informático.
Em comunicado, a holding liderada por João de Mello Franco sublinhou que “interveio nesta diligência exclusivamente na qualidade de buscada”. A PT SGPS prestou “toda a colaboração às autoridades judiciárias que conduzem o inquérito e aos órgãos de polícia criminal que as coadjuvam, bem assim como à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários”, adianta a nota.