Livro recomendado por Mark Zuckerberg esgota na Amazon
Numa resolução de Ano Novo, o fundador do Facebook fez o voto de ler dois livros por mês em 2015. As vendas do primeiro título que escolheu, The End of Power, de Moisés Naím - publicado em Portugal pela Gradiva, com o título O Fim do Poder - dispararam de tal modo que já se fala num novo "efeito Oprah".
Zuckerberg escolheu The End of Power (O Fim do Poder, na edição portuguesa da Gradiva), de Moisés Naím, editor histórico da revista Foreign Policy, colunista em diversos jornais e autor de uma dezena de livros sobre economia e política internacional. O resultado da recomendação foi avassalador: de um dia para o outro, um ensaio de um autor respeitado mas não propriamente célebre tornava-se o 39.º livro mais vendido na Amazon, ombreando com os best-sellers de ficção e ocupando a primeira posição no ranking de títulos da especialidade (Negócios e Dinheiro). Quem não se despachou, já só conseguiu encomendar a versão e-book.
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Zuckerberg escolheu The End of Power (O Fim do Poder, na edição portuguesa da Gradiva), de Moisés Naím, editor histórico da revista Foreign Policy, colunista em diversos jornais e autor de uma dezena de livros sobre economia e política internacional. O resultado da recomendação foi avassalador: de um dia para o outro, um ensaio de um autor respeitado mas não propriamente célebre tornava-se o 39.º livro mais vendido na Amazon, ombreando com os best-sellers de ficção e ocupando a primeira posição no ranking de títulos da especialidade (Negócios e Dinheiro). Quem não se despachou, já só conseguiu encomendar a versão e-book.
Um resultado que o jornal britânico The Guardian compara mesmo ao efeito das recomendações da apresentadora Oprah Winfrey, que conseguia transformar o mais banal dos livros num instantâneo campeão de vendas.
Há vários anos que Zuckerberg brinda os seus seguidores com inesperadas, e às vezes algo bizarras, resoluções de Ano Novo. Em anos anteriores comprometeu-se a conhecer pessoalmente uma pessoa por dia, ou a fazer algo tão trivial como usar diariamente uma gravata, mas noutros impôs-se promessas mais árduas, como aprender mandarim, ou mais insólitas, como passar a só comer carne de animais que ele próprio tivesse matado (com a ajuda não despicienda de um talhante contratado para o efeito).
Desta vez publicou uma mensagem a anunciar que em 2015 iria ler um novo livro a cada duas semanas, dando preferência a obras que lhe permitissem conhecer melhor “diferentes culturas, crenças, histórias e tecnologias”. No mesmo post, o fundador do Facebook convidava os seus seguidores a tornarem-se seus cúmplices neste desafio, lendo os mesmos livros que ele e comentando-os e discutindo-os na página A Year of Books, um grupo aberto, mas cujos comentários serão “moderados para garantir que se mantêm focados” no livro em causa, explica Zuckerberg.
Poucos dias após ter sido criado, o grupo contava já esta terça-feira à tarde com perto de 200 mil likes, e a discussão em torno de The End of Power estendia-se por mais de 600 comentários. “É um livro que aborda o modo como o mundo está a mudar no sentido de dar a indivíduos um poder que tradicionalmente cabia aos governos, aos militares ou a outras organizações”, resume Zuckerberg, justificando a escolha.
Já a razão que o jovem multimilionário avançou para esta sua resolução de Ano Novo é de uma desarmante sinceridade: “Descobri que ler livros é intelectualmente muito compensador”, revela, aparentemente sem a menor intenção humorística, o criador do Facebook.
“Os livros permitem-te explorar profundamente um tópico e mergulhares nele de um modo que a maioria dos media actuais não permite”, acrescenta Zuckerberg. “Estou determinado a desviar-me da minha dieta mediática e a voltar-me mais para a leitura de livros.”
Os fãs já lhe fizeram chegar milhares de sugestões para posteriores leituras, incluindo a Bíblia ou o Corão, mas Zuckerberg ainda não revelou que título se seguirá ao livro de Moisés Naím. Seja qual for, é certo que as respectivas vendas vão disparar em flecha.
Notícia actualizada para se acrescentar que o primeiro livro escolhido por Mark Zuckerberg já tem edição portuguesa.