Esta “entrevista” será para levar a sério?

Com o bizarro caso The Interview ainda activo, eis que o plenipotenciário líder norte-coreano, Kim Jong-un, fez saber ao mundo, na sua mensagem de Ano Novo, estar disposto a retomar negociações “ao mais alto nível” com a Coreia do Sul. Mas tal “entrevista” será para levar a sério? Ou, tal como o filme americano homónimo que tanta polémica causou, acabará por ficar no domínio da caricatura? É que desde 2007, ano em que se realizou o último encontro entre líderes máximos das duas Coreias (nessa altura Kim Jong-il e Roh Moo-hyun, ambos já mortos), as negociações não têm ido para além da permissão de novos reencontros de famílias divididas, deixando para o futuro as grandes questões políticas. Pode ser que, neste início de ano, Kim Jong-un queira mostrar sinais de “abertura” para oportunamente os usar como moeda de troca. Ora isto não é vontade de negociar, é continuar a manobrar para sobreviver.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Com o bizarro caso The Interview ainda activo, eis que o plenipotenciário líder norte-coreano, Kim Jong-un, fez saber ao mundo, na sua mensagem de Ano Novo, estar disposto a retomar negociações “ao mais alto nível” com a Coreia do Sul. Mas tal “entrevista” será para levar a sério? Ou, tal como o filme americano homónimo que tanta polémica causou, acabará por ficar no domínio da caricatura? É que desde 2007, ano em que se realizou o último encontro entre líderes máximos das duas Coreias (nessa altura Kim Jong-il e Roh Moo-hyun, ambos já mortos), as negociações não têm ido para além da permissão de novos reencontros de famílias divididas, deixando para o futuro as grandes questões políticas. Pode ser que, neste início de ano, Kim Jong-un queira mostrar sinais de “abertura” para oportunamente os usar como moeda de troca. Ora isto não é vontade de negociar, é continuar a manobrar para sobreviver.