Arsenal naufragou e Man. City sofreu para manter pressão sobre o Chelsea

Londrinos derrotados em Southampton. Campeões bateram Sunderland por 3-2.

Foto
Wenger esconde a cara, mas Koeman está à espreita Andrew Winning/Reuters

No Etihad o jogo teve praticamente sentido único até meio da segunda parte: o Manchester City atacava e o Sunderland resistia. O marcador mantinha-se a zeros, o que convinha mais aos visitantes do que à equipa orientada por Manuel Pellegrini.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

No Etihad o jogo teve praticamente sentido único até meio da segunda parte: o Manchester City atacava e o Sunderland resistia. O marcador mantinha-se a zeros, o que convinha mais aos visitantes do que à equipa orientada por Manuel Pellegrini.

Subitamente o encontro animou-se. Yaya Touré quebrou a resistência do Sunderland com um indefensável disparo de fora da área (57’) e Stevan Jovetic ampliou a vantagem dos citizens ao finalizar com um toque de calcanhar o passe de Clichy (66’). O Sunderland, que até aí quase não tinha ameaçado a baliza à guarda de Caballero, reagiu e repôs a igualdade em apenas três minutos: Jack Rodwell (68’) e Adam Johnson (de grande penalidade, 71’) deram esperança à equipa orientada por Gus Poyet.

Mas os três pontos ficariam para o Manchester City, que comemorou a dobrar – não só venceu e manteve a pressão sobre o Chelsea, como viu o golo da vitória ser apontado por Frank Lampard (ex-Chelsea), que assim ficou isolado no quarto lugar da tabela dos melhores marcadores desde o início da Premier League, em 1992-93. O internacional inglês cabeceou aos 73’ para o 3-2, selando a vitória com o seu 176.º golo na Liga inglesa – tem apenas menos cinco do que Wayne Rooney.

Southampton continua a brilhar
Em Southampton, uma das maiores cidades portuárias do Reino Unido e de onde partiu, em 1912, o Titanic, assistiu-se a mais um naufrágio do Arsenal. A equipa de Arsène Wenger desperdiçou a oportunidade de ficar isolada no quarto lugar da classificação e a apenas um ponto do Manchester United ao perder (2-0) para a equipa-sensação da Premier League.

Os erros defensivos dos gunners foram cirurgicamente aproveitados pelo Southampton: a equipa de Ronald Koeman adiantou-se no marcador aos 34’, com um grande golo do senegalês Sadio Mané, que viu o guarda-redes Szczesny sair mal da baliza e lhe fez um “chapéu”, perante a passividade dos defesas. Na segunda parte foi Dusan Tadic a aproveitar nova oferta: Szczesny colocou-lhe a bola nos pés e o sérvio não desperdiçou (56’). Um pesadelo para Wenger, que ainda viu um adepto saltar da bancada para ir pedir-lhe explicações.

Na recepção ao último classificado, o Liverpool esteve a vencer por 2-0 (“bis” de Steven Gerrard, ambos de penálti) mas acabou por ceder um empate perante o Leicester City. David Nugent (58’) e Jeffrey Schlupp (60’) salvaguardaram um ponto para os visitantes, que ainda assim permanecem no fundo da tabela.

Foi também um dia de antecipação das mudanças que aí vêm nos bancos de suplentes: Alan Pardew assistiu ao empate do Crystal Palace no terreno do Aston Villa (0-0). O Newcastle, que Pardew deixou para trás, deixou fugir a vantagem no marcador por três vezes e não foi além do empate diante do aflito Burnley (3-3). E Tony Pulis, novo treinador do West Bromwich Albion, esteve na bancada a ver a igualdade conquistada pela equipa onde actua Silvestre Varela (lançado aos 79’) na visita ao West Ham.

Na partida que abriu a jornada, o Manchester United começou 2015 tal como tinha acabado 2014: a empatar. Depois da igualdade na visita ao Tottenham (0-0), a fechar o ano, os red devils voltaram a empatar, desta vez no terreno do Stoke City (1-1). “Não merecíamos mais. Eles estiveram mais perto de marcar do que nós”, admitiu no final o treinador do Manchester United, Louis van Gaal.