Alguns centros de saúde da Grande Lisboa vão estar abertos até mais tarde
Ministério da Saúde pediu alargamento de horários de atendimento.
O objectivo desta medida - anunciada esta tarde pelo secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde - é o de evitar idas desnecessárias às urgências hospitalares da região, depois de no Natal se ter vivido uma situação caótica no Hospital Amadora-Sintra, com doentes pouco urgentes a esperarem mais de 20 horas para serem atendidos, e de, na madrugada de sábado, no Hospital de S. José, um paciente ter alegadamente aguardado seis horas para ser visto e acabar por ser encontrado já sem vida numa maca pelo filho.
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O objectivo desta medida - anunciada esta tarde pelo secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde - é o de evitar idas desnecessárias às urgências hospitalares da região, depois de no Natal se ter vivido uma situação caótica no Hospital Amadora-Sintra, com doentes pouco urgentes a esperarem mais de 20 horas para serem atendidos, e de, na madrugada de sábado, no Hospital de S. José, um paciente ter alegadamente aguardado seis horas para ser visto e acabar por ser encontrado já sem vida numa maca pelo filho.
No Amadora-Sinta foi entretanto dada autorização para a contratação de mais médicos em regime de prestação de serviços (à tarefa) e também para o quadro da unidade e foram abertas mais 30 camas para internamento. Seguiu-se agora a decisão de alargar os horários dos centros de saúde. Uma decisão que em anos anteriores costuma ser tomada nos picos dos surtos de gripe, e que este ano foi antecipada não só para evitar que situações de ruptura como a do Natal se repitam mas também por causa da vaga de frio intenso que se faz sentir no país.
O secretário de Estado Fernando Leal da Costa adiantou que já na segunda-feira tinham sido dadas instruções para que o maior número possível de centros de saúde alargassem os seus horários de atendimento. Mas nem todas as unidades terão condições para o fazer. Ao semanário Expresso, que avançou a notícia, a directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Lisboa Norte, Manuela Peleteiro, reconheceu que o alargamento do horário não será fácil "por não ter havido tempo de programação", apesar de ser exequível.
Por enquanto, a ideia é a de que esta medida abranja apenas os centros de saúde da Grande Lisboa, mas está previsto que possa ser alargada a outros pontos do país, se tal se revelar necessário. "Determinámos que fosse nos dias 30, 31 [de Dezembro] e 2 de Janeiro. Poderá ser alargado territorial e temporalmente, mas para já parece-nos razoável seguir este modelo”, explicou Leal da Costa, em declarações à Lusa.“Demos uma instrução no sentido de esperar que ela seja cumprida. Espero que as administrações regionais de saúde consigam resolver da melhor forma o problema”, afirmou.
Os responsáveis voltam a pedir aos doentes não urgentes que recorram à Linha de Saúde 24 antes de se dirigirem aos serviços de urgência hospitalares.
Ao início da noite foi divulgada a lista dos centros de saúde com horários alargados até às 22h00 esta terça-feira, quarta-feira e sexta-feira:
Centro de Saúde de Benfica
Centro de Saúde de Lumiar
Centro de Saúde de Sete Rios
Centro de Saúde de Moscavide
Centro de Saúde de Póvoa de Santo Adrião
Centro de Saúde da Amadora
Centro de Saúde de Caldas da Rainha
Centro de Saúde do Bombarral
Centro de Saúde de Setúbal – S. Sebastião
Centro de Saúde de Sesimbra – Praça da República
Centro de Saúde de Pinhal Novo
Centro de Saúde de Algueirão
Centro de Saúde de Alverca
USF Afonsoeiro
USF Lavradio
Os ACES de Cascais, Lisboa Central, Lisboa Oriental e Almada Seixal estão em contacto com os respectivos Hospitais de referência – Cascais, S. José, S. Francisco Xavier e Garcia de Orta para articular respostas em caso de necessidade.