Sindicato questiona contratações sem concurso no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Centro hospitalar diz que as contratações “foram ancoradas em razões de grande premência".

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A situação é condenada pelos sindicatos médicos, que, ainda assim, não se mostram surpreendidos Enric Vives-Rubio

“Exigimos a publicação da lista de médicos contratados nestas condições, bem como a fundamentação individual para cada caso. É essencial saber que razões foram assumidas como necessárias e suficientes para tão flagrante desrespeito pelo processo regular de recrutamento e se estas configuram verdadeira excepcionalidade ou apenas uma desculpa para a prepotência administrativa”, refere um comunicado emitido por aquela estrutura sindical nesta segunda-feira.

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“Exigimos a publicação da lista de médicos contratados nestas condições, bem como a fundamentação individual para cada caso. É essencial saber que razões foram assumidas como necessárias e suficientes para tão flagrante desrespeito pelo processo regular de recrutamento e se estas configuram verdadeira excepcionalidade ou apenas uma desculpa para a prepotência administrativa”, refere um comunicado emitido por aquela estrutura sindical nesta segunda-feira.

Fonte do gabinete de comunicação do CHUC disse à agência Lusa, numa resposta via correio electrónico, que as contratações “foram ancoradas em razões de grande premência, com carácter excepcional, para obviar a perda de valências cruciais ou a prestação de cuidados específicos”.

A mesma fonte adiantou que as contratações foram “solicitadas e fundamentadas pelos respectivos directores de serviço e apoiadas num argumentário que mereceu a concordância da Administração Regional de Saúde do Centro, da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e aprovação superior”.

“Pode-se compreender a tentação de facilitar, mas não podemos aceitar a cultura do facilitismo”, diz o sindicato. “O recrutamento para acesso à carreira médica deve respeitar obrigatoriamente princípios como a publicidade prévia, igualdade de oportunidades, imparcialidade, boa-fé e não-discriminação.”

O SMZC anunciou ainda que vai confrontar a Administração Central do Sistema de Saúde e o Ministério da Saúde com esta situação e averiguar “do grau de conivência da administração central com esta irregularidade e outras que estejam em curso”.