Boyhood soma e segue nas escolhas dos melhores do ano
O filme de Richard Linklater marca definitivamente o ano de 2014.
Curiosamente, a primeira lista que aqui se traz é uma das raras excepções: para os críticos do jornal inglês Guardian, Boyhood ficou em segundo lugar, atrás de Debaixo da Pele, de Jonathan Glazer, e à frente de Leviatã, de Andrei Zvyagintsev, A Propósito de Llewyn Davis, dos irmãos Coen, e Nightcrawler, Repórter na Noite, de Dan Gilroy. Já os leitores do Guardian preferiram “trocar” os dois primeiros lugares, com Boyhood como melhor filme do ano, seguido de Debaixo da Pele e Grand Budapest Hotel, de Wes Anderson.
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Curiosamente, a primeira lista que aqui se traz é uma das raras excepções: para os críticos do jornal inglês Guardian, Boyhood ficou em segundo lugar, atrás de Debaixo da Pele, de Jonathan Glazer, e à frente de Leviatã, de Andrei Zvyagintsev, A Propósito de Llewyn Davis, dos irmãos Coen, e Nightcrawler, Repórter na Noite, de Dan Gilroy. Já os leitores do Guardian preferiram “trocar” os dois primeiros lugares, com Boyhood como melhor filme do ano, seguido de Debaixo da Pele e Grand Budapest Hotel, de Wes Anderson.
Os três primeiros lugares dos leitores do Guardian são exactamente os mesmos da votação anual da revista Village Voice, para a qual contribuíram 85 críticos e jornalistas de cinema americanos, e da votação realizada por 220 críticos de todo o mundo para o site Indiewire.com: Boyhood, Debaixo da Pele e Grand Budapest Hotel.
Os dez mais da Village Voice completam-se com Só os Amantes Sobrevivem, de Jim Jarmusch, Adeus à Linguagem, de Jean-Luc Godard, Dois Dias, uma Noite, dos irmãos Dardenne, A Imigrante, de James Gray, Vício Intrínseco, de Paul Thomas Anderson, Whiplash – Nos Limites, de Damien Chazelle, e Em Parte Incerta, de David Fincher; os dez mais do Indiewire.com fecham com Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), de Alejandro González Iñárritu, Vício Intrínseco, Adeus à Linguagem, Ida, do polaco Pawel Pawlikowski, Whiplash, Só os Amantes Sobrevivem, e Selma, biopic de Martin Luther King pela realizadora Ava du Vernay.
Também a revista Film Comment reuniu votações de mais de cem críticos para chegar à sua lista, cujos três primeiros lugares cabem a Boyhood, Adeus à Linguagem e Grand Budapest Hotel, seguidos por Ida, Debaixo da Pele, O Desconhecido do Lago, de Alain Guiraudie, Citizenfour, de Laura Poitras, Birdman, Vício Intrínseco e A Imigrante. De salientar que a mesma revista propõe uma escolha dos melhores filmes sem distribuição nos EUA, encimada por As Maravilhas, de Alice Rohrwacher.
No jornal New York Times, as escolhas e a organização dos melhores do ano ficam ao critério de cada crítico da redacção – significativamente, Boyhood é o único filme comum às três listas. Manohla Dargis escolheu 25 filmes por ordem alfabética (entre os quais Adeus à Linguagem, Boyhood, Grand Budapest Hotel e Vício Intrínseco, a par de escolhas mais idiossincráticas como A Imagem que Falta, de Rithy Panh, Snowpiercer, de Bong Joon-ho, ou National Gallery, de Frederick Wiseman), mas faz um destaque especial ao melodrama de Gina Prince-Bythewood, Beyond the Lights. O seu colega A. O. Scott optou por uma lista de 12 filmes, com Boyhood à cabeça, seguido de Ida e Citizenfour, enquanto o terceiro crítico do jornal, Stephen Holden, alinhou dez filmes, com Boyhood em primeiro lugar, Foxcatcher, de Bennett Miller em segundo e Force Majeure, do sueco Ruben Ostlund em terceiro.
Também a New Yorker deixou à discrição dos seus críticos as escolhas individuais. Para David Denby, o melhor filme de 2014 foi Ida, colocando os restantes nove filmes por ordem alfabética (entre eles estão Boyhood, Mr. Turner, de Mike Leigh, National Gallery ou o novo Clint Eastwood, Sniper Americano); para Richard Brody, Grand Budapest Hotel surge em primeiro lugar, com o filme independente de Josephine Decker, Thou Wast Mild and Lovely, em segundo e Adeus à Linguagem e O Último dos Injustos, de Claude Lanzmann, ex-aequo na terceira posição.