Santander interessado em comprar o Novo Banco

O banco espanhol e o BPI avançaram para a primeira fase do processo, que não é vinculativa.

Foto
Ricciardi diz que devem estar reunidas as condições para a venda do Novo Banco até ao Verão Enric Vives-Rubio

O Santander, que em Portugal é dono do banco Santander Totta, formalizou nesta terça-feira o interesse no processo de alienação do chamado “banco bom”, que resultou do processo de divisão do BES.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Santander, que em Portugal é dono do banco Santander Totta, formalizou nesta terça-feira o interesse no processo de alienação do chamado “banco bom”, que resultou do processo de divisão do BES.

"Tendo em conta os termos de referência relativos à alienação do Novo Banco, SA, o Santander deliberou apresentar-se à primeira fase do respectivo procedimento, o que corresponde à entrega da manifestação de interesse", anunciou a instituição, em comunicado.

O grupo chinês Fosun (que comprou a seguradora Fidelidade) também já mostrou interesse no Novo Banco. Os interessados terão de avançar com a declaração formal até 31 de Dezembro.

Esta é, porém, apenas a primeira fase de um processo com quatro etapas e não significa que os interessados venham a apresentar uma proposta de compra. Na segunda fase, os potenciais compradores serão convidados a apresentar propostas não vinculativas e pode acontecer que nem todos passem à fase seguinte. Na terceira etapa, os escolhidos terão de fazer uma proposta vinculativa, que pode ser negociada. A última fase consiste numa pré-selecção de propostas, numa eventual negociação e na escolha final.

Ao longo das várias fases, e como é habitual neste género de processos, os potenciais compradores terão acesso a informação confidencial sobre o Novo Banco.

Segundo o caderno de encargos, o principal factor de escolha de uma proposta é "a atractividade da oferta financeira". Segue-se a "disponibilidade do potencial comprador para adquirir a totalidade dos activos colocados à venda" e, como critério menos importante, "os planos estratégicos e de desenvolvimento para o Novo Banco e quaisquer compromissos com estes relacionados assumidos pelos potenciais compradores, e o impacto geral da Operação na concorrência e estabilidade financeira do sector bancário em Portugal".

O processo de venda está a ser assessorado pelo banco francês BNP Paribas, que foi escolhido pelo Banco de Portugal.